Combo perfeito: Marcelo Salles comemora classificação e equilíbrio defensivo do Flamengo



Venceu, convenceu e não sofreu gol. A classificação do Flamengo para as quartas de final da Copa do Brasil, com o 1 a 0 sobre o Corinthians, nesta terça-feira, no Maracanã, foi o combo perfeito. E Marcelo Salles sabe disso. Em entrevista coletiva, o interino rubro-negro foi só elogios da equipe e valorizou o equilíbrio defensivo apresentado.



Depois de passar imune ao duelo com o Fortaleza, no último sábado, o Flamengo mais uma vez terminou a partida sem ser vazado e o “Fera” ressaltou as alterações de posicionamento que permitiram que a equipe sofresse pouco diante do Timão:

- Primeiro, temos que ter equilíbrio na parte defensiva. Trouxemos o Arão mais para trás para ajudar tanto o Gustavo (Cuellar) no jogo passado e o Piris nesse, deixando o Everton e Bruno voltarem um pouco menos e ter mais saúde para um contra-ataque mais veloz.

O treinador rubro-negro fez uma leitura da exibição da noite desta terça e falou sobre a preocupação em neutralizar os pontos fortes do Corinthians:



- A gente nunca pensou em usar a vantagem logo do início. Obviamente, no final, com o jogo empatado, seria normal controlar a partida. Mas desde o início pensamos no gol. Primeiro tempo um pouco abaixo, no segundo as coisas aconteceram. Eles foram colocando mais jogadores de frente e foram complicando, só tinha bola alta.

- A gente controlou essa entrada da área. Até tirei o Arão um pouquinho, ele sentiu um pouco de dor no estômago no intervalo, dentro de campo fez um grande jogo. Reconhecimento do torcedor justificou a atuação que ele teve hoje. A nossa questão de organização foi tentar fazer com que jogassem pelo lado e a gente neutralizar a bola aérea.



Com a vitória, o Flamengo só volta a jogar pela Copa do Brasil após a pausa para Copa América. O elenco rubro-negro folga nesta quarta-feira e se reapresenta no Ninho do Urubu na quinta, visando a partida contra o Fluminense, domingo, às 19h (de Brasília), no Maracanã, pela oitava rodada do Brasileirão.

Antes da paralisação da competição, o Flamengo encara ainda o CSA, quarta-feira, dia 12, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Confira a íntegra da coletiva:

Evolução

Eu acho que a parte que o Flamengo mais evoluiu, vou entrar nos últimos dois jogos, foi ter trazido o Arão um pouco mais e ter colocado seis homens ali atrás. Foi a parte que ajustou para a parte defensiva ficar mais fortalecida.



Apoio interno

O Flamengo tem alguns profissionais que são fixos da análise, preparação física, de goleiros. E eu também faço parte e me cerquei com todos eles. São amigos, profissionais muito capacitados. Sou muito grato à minha comissão técnica porque em nenhum momento deixaram de me ajudar. Estendo o agradecimento ao presidente, ao Marcos Braz, diretores, Noval, Pelaipe, todos me apoiaram nesse momento de transição.

Pará

O Pará é um dos jogadores com quem tenho conversado bastante. É um atleta que vejo com muita regularidade na parte defensiva, muito dedicado, tudo que tenho pedido a ele de posicionamento vem fazendo. Fez com que todos da parte defensiva crescessem. Pará vem cada vez mais desenvolvendo e vai melhorar cada vez mais pelo potencial que ele tem. Dedicação nunca vai faltar a ele.



Substituições tardias

Característica de Campeonato Brasileiro é diferente de Copa. A gente trabalha com estratégia, uma peça errada e você perde o jogo. É saber que aquele jogador poderia fazer outra função tática muito importante. A gente até poderia perder em questão de velocidade, mas na questão técnica eles estão sempre acrescentando. É tabuleiro de xadrez. A gente teve que esperar o passo que o Carille ia dar para dar o nosso.

Liberdade dos atacantes

Têm liberdade total. Quando você analisa um Gabriel, Arrascaeta, Bruno Henrique... Esses caras trabalham sempre com o imponderável, o que podem fazer... Uma vez um jogador meu falou: "Professor, para alguns Deus deu o dom da visão, para outros o da antevisão. Eu enxergo três, quatro jogadas antes de todo mundo". Esses caras são craques. A gente tem que deixar com que criem.



Mais sobre defesa

A parte defensiva a gente sempre manteve nas análises. Todos os jogadores recebem o vídeo, e toda véspera de jogo a gente analisa o tempo que for necessário. Só vai para o campo quando todos não têm nenhuma dúvida. "Dá para fazer isso? Dá, então vamos para o campo". Aí, sim, executamos e vemos se tem defeito ou não. Até agora não teve.

Conversa no intervalo

A gente espaçou um pouco nosso time em alguns momentos do primeiro tempo. Pedi para que andassem em bloco: ofensivo, defensivo e lateral. Quando fez o movimento correto, eles não entraram, só quando errávamos nosso movimento. Todas as vezes que fizemos o movimento certo não houve perigo. Isso que falei no intervalo, manter o bloco fechado, fazer balanço sem ficar exposto para eles entrarem por dentro.



Bruno Henrique sentiu?

Ele havia sido poupado justamente por causa dessa dorzinha no tornozelo. Ele conseguiu fazer grande parte do jogo, mas chegou em um momento que tomou uma pancada em cima do mesmo lugar e não teve como continuar.

Força máxima ou mistão no Fla-Flu?

Vou conversar com minha comissão técnica primeiro. Antes disso não vou me pronunciar. Amanhã é folga, vamos recuperar os atletas, e a partir de quinta vamos pensar no Fluminense.

Rodrigo Caio

Vejo Rodrigo Caio como um dos melhores zagueiros do Brasil. Nível muito alto, quem conhece do dia a dia sabe o profissional que é. As características dele atendem muito ao que eu penso e agradam ao torcedor. Parece que joga há 10 anos já no clube. Tenho certeza que em pouco tempo vai retornar à Seleção.


Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/combo-perfeito-marcelo-salles-comemora-classificacao-e-equilibrio-defensivo-do-flamengo.ghtml

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