Presidente do Flamengo dá três horas de explicações como testemunha de incêndio no CT



O delegado Marcio Petra, da 42ª DP, ouviu ontem por três horas o depoimento do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e do vice do clube, Rodrigo Dunshee, sobre o incêndio que matou dez jovens da base em fevereiro. Na condição de testemunhas do ocorrido, os dirigentes depuseram das 9h às 12h, e não deram declarações por se tratar de um inquérito em sigilo.



Mesmo tendo entrado e saído pelos fundos da delegacia para evitar as câmeras, os depoimentos foram considerados satisfatórios pela dupla de cartolas, que assumiu o clube em janeiro.

O inquérito ainda pretende ouvir o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, e o ex-vice de patrimônio do clube, Alexandre Wrobel. O prazo para conclusão da investigação passou de 30 para 60 dias. Ainda é aguardado o laudo pericial com as causas para o incêndio no contêiner.

A investigação já ouviu até agora diversos funcionários do Flamengo, tanto testemunhas diretas do acidente como responsáveis pela parte de manutenção do CT. E também representantes das empresas que prestam serviço para o Flamengo no que diz respeito ao alojamento e ao ar-condicionado dele.



O clube sustenta desde o início que não houve negligência, e que o incêndio foi uma fatalidade, em uma madrugada de chuva, em que houve diversos picos de luz. Mesmo assim os dirigentes atuais e antigos ainda podem ser responsabilizados criminalmente pelas perdas de dez famílias, a maioria ainda longe de um acordo.

Clube aguarda alvará para hoje

Diretor administrativo do Ninho do Urubu e da Gávea, Marcelo Helmann, um dos ouvidos no inquérito, foi afastado pelo clube ontem. A diretoria do Flamengo colocou Willian Pinheiro para dirigir a partir da sede. E Helmann ficará encostado, mas pode ser demitido. Internamente, ele é considerado pela direção como um dos que deveria responder pelas questões do CT.



Oriundo da última gestão, o funcionário prestou os primeiros esclarecimentos aos novos dirigentes logo após o incêndio. Mas eles foram considerados insuficientes. Por exemplo, a diretoria não sabia que o CT não tinha alvará. O documento é aguardado para hoje. Caso o Flamengo consiga a regularização definitiva do Ninho do Urubu junto à Prefeitura, pode voltar a utilizar o espaço para os treinos da base.

Também está na mão do juiz Pedro Henrique Alves, da 1ª Vara da Infância, o pedido para que seja reconsiderada a decisão de proibir o alojamento de menores. Familiares dos jogadores da base foram informados pelo Flamengo que terão que voltar para suas cidades pois não podem ficar hospedados em um hotel com os filhos desacompanhados.

O time profissional já treina no Ninho, mas espera o alvará sair para se concentrar no CT para o jogo com o Fluminense, domingo.


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/presidente-do-flamengo-da-tres-horas-de-explicacoes-como-testemunha-de-incendio-no-ct-23541380.html

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