Flamengo se manifesta sobre selvageria em Minas e pede punições


O Flamengo divulgou na noite desta segunda-feira uma nota oficial expressando seu repúdio aos atos de violência que marcaram a final da Copa do Brasil, realizada no último domingo contra o Atlético-MG, na Arena MRV. Apesar de ter conquistado o título ao vencer por 1 a 0, o Rubro-Negro se manifestou com indignação diante das cenas de conflito e desordem dentro e fora do estádio.

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Repúdio aos Episódios de Violência

Na nota, o clube pede a punição "para todos os responsáveis pelos atos de vandalismo, agressão e selvageria que mancharam a imagem de uma das maiores competições do futebol brasileiro". O Flamengo aponta que a rivalidade entre as torcidas, que deveria se manter no campo esportivo, ultrapassou limites razoáveis e exige uma resposta firme das autoridades esportivas e de segurança pública.

Falhas de Segurança e Conflitos com Torcedores

Entre os principais problemas listados pelo Flamengo, destaca-se a falha no controle de acesso ao estádio, o que permitiu que torcedores de ambos os times entrassem na Arena MRV sem ingressos. Além disso, o clube relatou que, no setor visitante, a Polícia usou gás de pimenta de forma agressiva, atingindo torcedores rubro-negros, incluindo idosos, mulheres e crianças. Outro ponto mencionado foi a interrupção das vendas de bebidas e a falta de água potável, dificultando a hidratação dos torcedores e a limpeza dos olhos após o uso do gás.

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Hostilidade e Agressões Durante o Jogo

Após o gol de Gonzalo Plata, que selou a vitória do Flamengo, objetos foram lançados por torcedores do Atlético-MG em direção ao campo. Em um dos casos, uma bomba atingiu um fotógrafo, que teve três dedos do pé quebrados e precisou de cirurgia. Outros relatos incluem ameaças e ofensas aos dirigentes e familiares do Flamengo no camarote e tentativas de invasão ao campo por parte da torcida do Atlético-MG, visando agredir jogadores e comissão técnica.

O clube também denuncia que, durante a cerimônia de premiação, o sistema de som do estádio foi usado para tocar repetidamente o hino do Atlético-MG, numa ação interpretada como uma provocação antidesportiva e contrária ao Fair Play.

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Atos de Racismo e Misoginia

Além dos conflitos físicos, o Flamengo relata casos de racismo e misoginia por parte de torcedores do Atlético-MG, direcionados à torcida rubro-negra e a mulheres que trabalhavam na cobertura jornalística do evento.

Cobrança por Providências e Punições

Diante dos fatos, o Flamengo reforça a necessidade de uma resposta rigorosa das autoridades competentes, incluindo a CBF e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), para que todos os envolvidos nos atos violentos sejam responsabilizados. O clube destaca que a Arena MRV e o Atlético-MG deveriam ter garantido a segurança do evento e critica as falhas que contribuíram para o cenário de insegurança.

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Com esse pedido de justiça, o Flamengo espera que o episódio não se repita e que o futebol brasileiro possa ser desfrutado sem atos de violência que prejudicam a integridade das competições e dos envolvidos no esporte.

Leia a nota na íntegra

"O Clube de Regatas do Flamengo vem a público, após as lamentáveis cenas de selvageria ocorridas ontem, dia 10.11.2024, dentro e fora das dependências da arena do Clube Atlético Mineiro, manifestar seu absoluto repúdio em face das agressões sofridas pelos torcedores, profissionais envolvidos no espetáculo, jogadores e comissão técnica deste clube.

Infelizmente, o cenário de guerra visto ontem não é uma novidade em jogos realizados em Belo Horizonte, contra a equipe do Atlético Mineiro. A rivalidade entre as equipes, que deveria ficar restrita ao ambiente desportivo, de forma salutar, extrapolou a barreira do razoável, de modo que as autoridades (Ministério Público, Órgãos de Segurança Pública, Superior Tribunal de Justiça Deportiva, Confederação Brasileira de Futebol, dentre outros) precisam e devem tomar medidas urgentes.

O país inteiro foi testemunha das diversas e graves violências praticadas ontem por parte dos torcedores do Atlético Mineiro. Não se pode ignorar ou simplesmente deixar cair no esquecimento, os episódios de violência que ocorreram no domingo. Eles precisam ser tratados com a importância e atenção que merecem.

Os gestores da Arena MRV, juntamente com a diretoria do Clube Atlético Mineiro, tinham a obrigação legal de organizar o evento e assegurar a segurança dos presentes e não se desincumbiram disso. A fiscalização e revista de pessoas foi totalmente falha, permitindo o ingresso de bombas e outros artefatos, que causaram danos e ferimentos a pessoas.

Mesmo a imprensa já tendo elencado os absurdos acontecidos ontem, o Flamengo entende que é de extrema importância relembrar alguns desses acontecimentos:

1.Na entrada da torcida do Flamengo ao estádio houve confusão generalizada, uma vez que o sistema de catracas do setor visitante não comportava a entrada da torcida. A Polícia Mineira agiu com truculência, jogando gás de pimenta nos torcedores, onde estavam idosos, mulheres e crianças.

2.Os bares destinados à torcida do Flamengo pararam de vender bebidas e refrigerantes ainda no primeiro tempo de jogo, sendo que além do calor intenso os torcedores do Flamengo não tinham sequer acesso à água potável, para limpar o rosto em razão do uso constante de gás de pimenta e, ainda, para hidratação.

3.O camarote destinado aos dirigentes e à comissão técnica do Flamengo não contou com a segurança necessária para um evento desta magnitude. Diversos torcedores do Atlético Mineiro ofenderam e ameaçaram os dirigentes, os profissionais do Flamengo e seus respectivos familiares, no trajeto de acesso e saída dos camarotes.

4.Inúmeras bombas foram lançadas dentro de campo, uma delas estourou muito próxima ao goleiro do Flamengo (Rossi), outra quase atingiu o jogador Plata, durante a comemoração do gol e uma terceira, infelizmente, atingiu um repórter que estava trabalhando no jogo (Nurenberg José Maria), o qual não teve, sequer, auxílio da maca em campo, tendo que caminhar com dedos quebrados e um tendão rompido, vindo, inclusive, a ser submetido a uma cirurgia, como amplamente divulgado pela mídia.

5.Durante toda a partida, foram arremessados copos e outros objetos nos jogadores do Flamengo, em campo e no banco de reservas, sem que a segurança da Arena intervisse para conter esses arremessos.

6.Invasão de campo pela torcida do Atlético Mineiro, com o objetivo de agredir fisicamente os jogadores e integrantes da comissão técnica do Flamengo.

7.Durante toda a comemoração e a cerimônia de premiação, os responsáveis pela Arena MRV, de forma deliberada e antidesportiva ligaram, no último volume, o sistema de som do estádio para tocar repetidamente, por quase uma hora, o hino do Clube Atlético Mineiro, em uma atitude desrespeitosa e contrária ao Fair Play.

8.Foram verificados atos de racismo e de misoginia praticados por torcedores do Atlético Mineiro em face da torcida do Flamengo e de mulheres profissionais de imprensa.

9.Destaca-se, ainda, diversos relatos de emboscadas de torcedores do Atlético Mineiro aos ônibus das torcidas do Flamengo, bem como reclamações de jornalistas sobre as condições de trabalho do estádio.

Assim, considerando os fatos acima narrados, bem como a nítida falta de segurança dentro e fora da Arena MRV, esperamos que a Justiça Desportiva, conjuntamente com a CBF, se posicione com firmeza para que sejam punidos todos os responsáveis pelos atos de vandalismo, agressão e selvageria que mancharam a imagem de uma das maiores competições do futebol brasileiro.


Imagem: Divulgação

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