Defesa pede arquivamento de investigação e fala em dano irreparável a Bruno Henrique


Nesta terça-feira (12), a defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, divulgou uma nota oficial informando que protocolou, no último sábado (9), um pedido de arquivamento das investigações referentes a uma suposta manipulação de resultados durante uma partida do Brasileirão 2023. Além disso, a defesa requisitou a devolução dos bens do atleta que foram apreendidos durante a operação.

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Histórico da Investigação

O caso em questão envolve um lance polêmico ocorrido aos 50 minutos do segundo tempo de uma partida entre Flamengo e Santos, realizada no Mané Garrincha, em Brasília, em novembro do ano passado. Durante o jogo, Bruno Henrique foi amarelado após cometer falta em Soteldo, do Santos, e posteriormente foi expulso por reclamar de forma agressiva com o árbitro Rafael Rodrigo Klein, utilizando linguagem inadequada.

Argumentos da Defesa

Os advogados de Bruno Henrique argumentam que o caso já havia sido investigado e arquivado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que concluiu pela ausência de indícios de manipulação por parte do atleta. A defesa alega que houve falhas no processo investigativo conduzido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, destacando a falta de aplicação do método técnico-científico adequado para a produção e extração dos dados que fundamentaram a denúncia.

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“Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas”, afirmaram os advogados na nota oficial.

Detalhes das Apostas Suspeitas

Segundo a investigação, três apostas foram identificadas como altamente suspeitas, envolvendo familiares e amigos de Bruno Henrique:

  1. Aposta de R$ 3.050 para ganhar R$ 9.150 (lucro de R$ 6.100)
  2. Aposta de R$ 2.300 para ganhar R$ 7.000 (lucro de R$ 4.700)
  3. Aposta de R$ 1.500 para ganhar R$ 4.550 (lucro de R$ 3.050)
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Além disso, três casas de apostas registraram movimentações incomuns em apostas relacionadas ao cartão amarelo para Bruno Henrique, sendo que uma delas passou a bloquear novas apostas desse tipo. No momento das apostas, a odd para o jogador receber uma advertência era de 3,10, ou seja, para cada R$ 1 investido, o pagamento seria de R$ 3,10.

Repercussão e Expectativas

A defesa de Bruno Henrique espera que o processo seja arquivado "com brevidade", permitindo que o atleta continue sua carreira com integridade e sem prejuízos à sua imagem, que segundo a defesa foi "atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada".

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“Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada”, ressaltaram os advogados.

Contexto Financeiro e Desdobramentos

O Flamengo, que já enfrenta desafios financeiros devido a altos investimentos em contratações e quitação de dívidas, vê na conclusão rápida deste caso um alívio adicional para seu caixa. A defesa do atleta enfatiza a importância de resolver a situação para evitar mais prejuízos à reputação do clube e de Bruno Henrique.

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Com a investigação ainda em curso, existe a possibilidade de que mais apostas suspeitas sejam identificadas pelas autoridades, o que poderia aumentar os valores em questão e complicar ainda mais o caso. A defesa, entretanto, mantém-se firme na argumentação de que não há provas concretas de qualquer irregularidade por parte de Bruno Henrique.

Leia a nota da defesa de Bruno Henrique:

Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.

É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.

O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.

Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.

Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada.



Imagem: Divulgação

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