O clima político no Flamengo esquentou com as recentes declarações do
vice-presidente de futebol, Marcos Braz, que subiu o tom contra o
pré-candidato à presidência do clube, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Durante
entrevista coletiva após apresentação de Alex Sandro, Braz não poupou críticas
à postura do ex-dirigente rubro-negro, classificando suas atitudes como
"covardes" e "eleitoreiras".
"Em primeiro lugar, em relação ao candidato à presidência, o Bap, ele falou
que o Real Madrid e o Barcelona não têm [vice-presidência de futebol], e
que, com ele, o Flamengo também não terá, mas isso não vai acontecer, pois
ele vai perder a eleição. Eu considero a postura dele covarde e eleitoreira.
Quando chegou em 2013, ele nunca apresentou esse discurso para conselheiros
ou jornalistas"
afirmou Braz.
A tensão começou após uma entrevista de Bap ao portal Coluna do Fla, na qual o
pré-candidato à presidência do clube carioca criticou o atual modelo de
gestão, afirmando que os grandes clubes europeus, como Real Madrid e
Barcelona, não possuem vice-presidência de futebol. Além disso, Bap sugeriu
que a diretoria atual do Flamengo opera de forma "amadora" e que o clube
precisa de uma maior profissionalização.
Essas declarações não foram bem recebidas por Marcos Braz, que reagiu de forma
contundente. Ele relembrou que, em 2013, Bap esteve ao lado da mesma gestão
que agora critica e nunca expressou essas opiniões. Braz também fez questão de
ressaltar que Bap não deve vencer as eleições rubro-negras, previstas para
dezembro deste ano.
"Ele apoiou o Wallim [Vasconcellos] e me apoiou. No dia em que assumi a
vice-presidência de futebol, ele também estava assumindo outra
vice-presidência. Em nenhum momento ele falou sobre isso. Esse tipo de
postura é de jogo político, mas também é uma covardia. Ninguém é bobo. Nem
jornalistas, nem torcedores, nem conselheiros"
- disse Braz.
A disputa política no Flamengo
Braz também revelou que Bap queria o controlar e fazer o dirigente de 'pau
mandado':
"Todo mundo sabe que não é uma crítica de coração. Ele me abraçou, achando
que eu seria um pau mandado. Mas eu não sou de ninguém. Tenho chefe, tenho
hierarquia. O que ele queria fazer comigo não tem cabimento"
- concluiu Braz.
A troca de farpas evidencia o acirramento da disputa política no Flamengo, com
as eleições se aproximando e os principais candidatos tentando se posicionar
como alternativas para comandar o clube.
Imagem: Divulgação
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