A vitória do Botafogo sobre o Flamengo, no último domingo, desencadeou um embate fora dos gramados, envolvendo finanças. O presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, atribuiu o sucesso do Botafogo aos investimentos feitos por John Textor, proprietário da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube alvinegro. Em conversas internas, Landim sugeriu que o Botafogo estaria gastando mais do que sua receita permite, insinuando um possível desrespeito às regras de fair play financeiro, se existisse no Brasil.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADE"Sejam bem-vindos aos tempos de SAF sem fair play financeiro", escreveu Landim em um grupo de conselheiros, referindo-se à suposta desproporção nos gastos do rival.
Dono do Botafogo rebate Landim
John Textor, por sua vez, não deixou a declaração sem resposta. O empresário americano desmentiu as afirmações de Landim e garantiu que as finanças do Botafogo estão em conformidade com as normas de fair play financeiro, seguindo os padrões europeus.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADE"Ele é um cara adorável, mas está errado… Nossos salários agora representam 45% das receitas… Tenho certeza que ele ficaria surpreso com nossas receitas, mas ultrapassamos US$ 100 milhões no ano passado… Muito mais alto do que a maioria das pessoas no Brasil pensaria… e publicamos esses números em nosso site", rebateu Textor, com bom humor.
Segundo Textor, o Botafogo está respeitando o limite recomendado pelo fair play financeiro, que sugere que o investimento em salários não deve superar 75% das receitas do clube.
"O fair play financeiro sugere que o salário deve ser inferior a 75% das receitas… Portanto, estaríamos em total conformidade com as regras europeias", completou Textor.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADEPela lógica dessas regras ditas pelo dono do Botafogo, o Flamengo arrecada mais de R$ 1 bilhão por ano, então poderia gastar 750 milhões em salários anuais?
Investimentos e faturamento: a perspectiva de Landim
Durante a conversa com conselheiros, Landim apresentou uma visão diferente sobre os números do Botafogo. Segundo ele, os investimentos do clube alvinegro já teriam alcançado cerca de 75 milhões de euros (aproximadamente R$ 450 milhões) somente neste ano, um valor que ele considera elevado em comparação ao faturamento de R$ 322 milhões registrado pelo Botafogo no ano passado.
A divergência de opiniões entre Landim e Textor coloca em evidência a crescente influência das SAFs no futebol brasileiro e levanta questionamentos sobre os impactos desses modelos de gestão no equilíbrio financeiro entre os clubes.
Imagem: Divulgação
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