O Globo:
Na reunião que teve na quarta-feira passada com o comando da Caixa, em
Brasília, Rodolfo Landim apenas deu o pontapé inicial no negócio entre o
Flamengo e o banco, que, no futuro, pode resultar na construção de um estádio
de 70 mil lugares na região portuária do Rio de Janeiro.
Landim estava acompanhado de alguns assessores e, inicialmente, pelo lado da
Caixa estavam Daniella Marques e Rafael Moraes, respectivamente presidente e
vice de Finanças. Daniella ficou pouco tempo na sala. Apenas disse que
interessava ao banco estudar o projeto.
A reunião mesmo se deu com Morais. O Flamengo não levou qualquer proposta
fechada, nem mesmo rascunhada. Landim disse apenas que quer erguer o estádio
do clube no terreno onde estava situado o antigo gasômetro do Rio, um local
que pertence a um fundo imobiliário da Caixa.
A Caixa entregou o assunto à área técnica do banco para que seja feito um
estudo de viabilidade do negócio. No estudo, que não tem data para ficar
pronto, estarão contidas propostas da Caixa.
Neste sentido, está tudo em estágio muito preliminar. Mas o Flamengo tem
alguns trunfos. O primeiro deles é que Jair Bolsonaro se engajou no projeto.
Bolsonaro e Landim têm conversado sobre o projeto. Bolsonaro inclusive quer
ser visto como o pai político do estádio, roubando o protagonismo que Eduardo
Paes teve até agora.
O segundo trunfo de Landim é financeiro. Aos mais próximos, o presidente do
Flamengo tem dito que os recursos para viabilizar a construção do estádio
sairiam sobretudo do dinheiro que o Flamengo vai receber com a criação da liga
dos clubes de futebol — que está em estágio avançado, mas não tem nada fechado
— e de um IPO (abertura de capital em bolsa) que o BRB pretende fazer. O BRB é
o patrocinador master do clube e sócio do Fla num banco digital. No ano
passado, o BRB quase fez o seu IPO, mas as condições de mercado levaram o
banco a recuar.
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Imagem: Divulgação