GE:
Uma atuação ruim, com lampejos de bom futebol no segundo tempo e um empate que
ficou de bom tamanho. O Flamengo seguiu sua rotina de oscilações na noite
desta quarta-feira, em Córdoba, diante do Tallares, pela quarta rodada do
Grupo H da Libertadores. O primeiro tempo sem uma finalização sequer ficou em
segundo plano em avaliação de Paulo Sousa, que preferiu valorizar a capacidade
de reação após ficar duas vezes atrás no placar até chegar ao 2 a 2.
Para o treinador, a saída de Pablo, lesionado, ainda no início do primeiro
tempo, condicionou a atuação rubro-negra na Argentina. Em análise, Paulo Sousa
admitiu que o Flamengo não conseguiu impor a intensidade necessária na
marcação no campo ofensivo e ajustou as ações com maior presença no campo
ofensivo no segundo tempo.
- Nos momentos da primeira parte encontramos dificuldades em distâncias curtas
e maior coragem na pressão alta. É verdade que eles tentaram manter um número
de jogadores na nossa linha defensiva, com o jogo vertical mais direto, e nos
colocaram dificuldades. Sempre que temos mais jogadores pressionando na linha
alta, somos mais fortes. Na segunda parte, tivemos a opção de ter mais
jogadores na frente, dominando e empurrando nosso adversário. Tivemos um gol
extraordinário por combinação. Tivemos um adversário que procurou ter linhas
mais curtas e com maior verticalidade.
"Nossa equipe pelas circunstâncias de jogo está de parabéns. Buscamos um jogo
para tentar empatar e ganhar"
O empate surgiu muito graças a capacidade de jogadores como Arrascaeta,
Gabriel e Pedro. Performance que rendeu elogios do comandante:
- Nossa equipe e nossos jogadores têm um caráter extraordinário para buscar o
resultado em situações adversas.
Com o empate, o Flamengo chega aos 10 pontos, na liderança do Grupo H da
Libertadores. Com sete, o Talleres está em segundo, enquanto Universidad
Católica e Sporting Cristal se enfrentam ainda nesta quarta-feira, em Lima. De
volta ao Brasil na madrugada de quinta-feira, o elenco rubro-negro inicia
preparação para o clássico com o Botafogo, domingo, às 11h (de Brasília), no
Mané Garrincha, pela quinta rodada do Brasileirão.
Confira outros trechos da entrevista
Pedro
- Mesmo antes de chegar de Lisboa, falei da importância das minhas ideias para
integrar ao máximo jogadores com características diferentes na frente, como o
Pedro. Desde o início da pré-temporada, trabalhamos isso. Os momentos
individuais e coletivos nos levam a tomar decisões. Confiamos nele, como em
outros jogadores. Trabalhamos parar tirar o máximo de sua capacidade mental e
tática.
Pressão no clássico com o Botafogo
- É um elenco de grande caráter e que acredita muito em si próprio. Nos
momentos difíceis, estamos prontos para oferecer o que os nossos torcedores
esperam de nós.
Oscilação da equipe
- Para termos consistência individual, precisamos que todos tenham
competitividade nos processos competitivos e nem todos têm para exigirmos o
máximo que podemos fazer.
Terceiro gol contra consecutivo
- Numa atmosfera como essa nem sempre se escuta dentro de campo. Acho que o
Arão tentou cortar a linha de passe, o Santos tentou chegar na bola,
interferiu na comunicação. Acho que dessa vez foi um lance de azar.
Por que Rodinei e não Ayrton Lucas na esquerda?
- O Ayrton vem de uma lesão que leva muito tempo na recuperação e optamos por
um jogador fisicamente mais inteiro para os duelos físicos. Parece que
acertamos bem. Ele não perdeu um lance, deu continuidade ao nosso lance tanto
por dentro como por fora. Por isso, estamos supersatisfeitos. Aliás, todos os
jogadores que entraram hoje após a saída do Pablo. Até ali, tínhamos o domínio
do jogo. Todos os jogadores que entraram responderam dentro de um jogo difícil
e poderíamos ter um resultado ainda melhor.
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Imagem: Fotobairesarg/AGIF