Extra:
A sensação de que o técnico Paulo Sousa é avaliado a cada partida deverá se
repetir hoje, contra o Sporting Cristal, às 21h30, no Maracanã, pela
Libertadores. Já classificado às oitavas de final e com o primeiro lugar do
Grupo H garantido, o Flamengo vai a campo para tentar igualar o recorde de
pontuação da campanha de 2007. O treinador, entretanto, estará lá mais uma vez
para testar sua popularidade junto aos torcedores. Tudo em função de um
desempenho abaixo do esperado da equipe que, quando vence, não convence.
Sem se importar com as manifestações dos rubro-negros, que do estádio pediram
a volta de Jorge Jesus após a vitória sobre o Goiás, no sábado passado, o
presidente Rodolfo Landim ignora o cenário político, que tem provocado
desgaste externo e interno a Paulo Sousa, e blinda o técnico. Desde a crise
que envolveu o goleiro Diego Alves, o mandatário acompanhou de perto a forma
como o português lidou com a situação e ficou ao seu lado, mesmo após os
comentários que atingiram o diretor de futebol Bruno Spindel e o vice de
futebol Marcos Braz.
Diante do Goiás, mais uma vez Landim foi alvo de xingamentos e reagiu com
frieza. Na hora dos pedidos Jorge Jesus, uma pessoa que o acompanhava apontou
o polegar para baixo em sinal de desaprovação. O presidente está à frente das
decisões do futebol como nunca, e tem assumido a responsabilidade por dar
sobrevida a um trabalho de certa forma desgastado após quase um semestre. Por
essa e outras decisões na política do clube, tem sido ainda mais hostilizado,
pela torcida no estádio e por conselheiros.
A ideia é dar sustentação à reformulação que Paulo Sousa tenta implementar no
Flamengo. Tanto em relação aos atletas em campo como nas ideias de jogo e na
filosofia do dia a dia. Rodolfo Landim está disposto a dar o tempo que o
técnico precisa para voltar a buscar títulos, e fazer do comandante português
o "homem do presidente".
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Imagem: Divulgação