Uol:
O Flamengo teve seu primeiro teste da temporada no clássico diante do
Fluminense e a derrota no Fla-Flu já rendeu críticas ao técnico português
Paulo Sousa devido às opções utilizadas na partida, como a escalação do meia
Diego e a utilização de Rodinei.
No podcast Posse de Bola #200 , Mauro Cezar Pereira afirma que é muito cedo
para se avaliar o trabalho do técnico e cita que dificuldades de adaptação e
derrotas na chegada já marcaram passagens de outros treinadores, como o
próprio Jorge Jesus em 2009, quando foi eliminado na Copa do Brasil pelo
Athletico-PR e só avançou nos pênaltis contra o Emelec na Libertadores
"Quando se fala que vai virar pré-temporada, é pré-temporada. O técnico é
português, veio lá da Polônia, estava na Europa, ele não conhece os jogadores
a fundo, ele vai fazer as experiências. Foi uma atuação ruim do Flamengo e
também foi atuação ruim do Fluminense, alguém gostou da atuação do
Fluminense?", diz Mauro Cezar.
"As experiências são algo inerente a este momento, não há como montar um time
com uma nova comissão técnica de uma hora para outra, as pessoas precisam
aprender isso. O Guardiola sofreu no primeiro ano dele de Premier League, hoje
ele domina o futebol na Inglaterra e põe todo mundo no bolso", completa.
O jornalista afirma que se os que hoje estão criticando Paulo Sousa tivessem
sido ouvidos em 2019, provavelmente o clube não teria conseguido os resultados
e o futebol que foi apresentado com Jorge Jesus quando ocorreram os tropeços.
"Jorge Jesus, para quem não se lembra, foi eliminado na primeira competição
que disputou, que foi a Copa do Brasil pelo Athletico-PR nos pênaltis, quase
foi eliminado da Libertadores pelo Emelec, colocou o Rafinha no meio-campo, em
jogo de Libertadores fora de casa. Eliminou nos pênaltis o Emelec e no jogo
seguinte estreou o Filipe Luís na Bahia para marcar o Artur, e o Flamengo
tomou de 3 a 0, com três gols do Gilberto", diz Mauro.
"Entendo a insatisfação com o resultado, com a atuação, o torcedor tem todo
direito de ficar assim, mas sentenciar um fim de trabalho, técnico não serve,
aí realmente é demais, aí é descer o nível do debate, porque não tem condição,
em dois jogos, aí é brincadeira", conclui.
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Imagem: Divulgação
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