Flamengo.com.br: O preparador
físico Lluís Sala chegou ao Flamengo neste ano para fazer parte da comissão
técnica do português Paulo Sousa. Em entrevista à FlaTV, o espanhol falou
sobre o início de sua carreira profissional, quando trabalhou na Federação
Espanhola de esqui alpino, até chegar ao Mais Querido.
“Normalmente foco mais em trabalhos de força, ativações e, sobretudo, trabalho
individualizado para cada jogador. Dependendo das demandas deles, não só no
jogo mas levando em conta o histórico de lesões e tudo aquilo que o jogador
precisa para estar pronto para treinar. Também fiquei muitos anos numa equipe
médica e me especializei na parte onde o jogador machucado se integrava aos
poucos na dinâmica de trabalho em grupo, preparando esse atleta lesionado para
poder treinar dentro do grupo”.
“Eu não venho do mundo do futebol. Fui esquiador de esqui alpino praticamente
durante toda a minha vida. Comecei a minha carreira profissional no esqui
alpino com as Federações Espanhola e Catalã, além de clubes da Catalunha. No
final, você conhece pessoas em diferentes momentos e essas pessoas te dirigem
até um caminho ou até outro. Tive uma sorte grande de coincidir no espaço e no
tempo com boas pessoas que me encaminharam para o mundo do futebol. A minha
primeira experiência foi na terceira divisão, no Palamós, com uma pessoa muito
querida aqui que é o Jordi Guerrero, que era técnico de lá. A partir daí fomos
ao Girona, o Jordi primeiro e eu depois. Estive cinco anos no Girona e desde
então me integrei ao staff de Paulo Sousa. Me uni a eles no Bourdeaux, da
França, e depois fui para a seleção polonesa. Agora estou aqui no Flamengo”.
“As pessoas que me conhecem sempre dizem que sou muito trabalhador. Não tem
hora para mim. Acho que no esporte de alto nível os profissionais não devem
ter horário. Tem que estar 100% à disposição para as tarefas que são
requeridas para este esporte. Acredito que sou muito trabalhador, muito
observador, gosto de observar o comportamento dos jogadores, não só no campo
ou na academia, mas na relação com os colegas e os profissionais do clube, na
relação com o departamento médico, acho importante conhecer. Uma
característica, não sei como é aqui no Brasil, mas minha mulher diz que sou
muito “cabeçudo”, de insistir, de ir sempre atrás das coisas que tenho na
cabeça.
“A Libertadores é como a nossa Champions europeia. Quando Paulo nos ligou, me
falou: ‘Lluís, você quer vir ao Flamengo?’. Eu disse: ‘Poxa, o Flamengo ganhou
a Libertadores há dois anos, é uma equipe que disputa títulos, todo mundo quer
ganhar do Fla’. Isso é uma carga extra de motivação, de energia, o fato de
poder jogar uma Libertadores e ser favorito. Não só jogar, mas o fato de ser
favorito a ganhar este torneio é de arrepiar.
Confira abaixo a entrevista completa de Lluís Sala:
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Imagem: Divulgação
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