Amplo domínio dentro de campo, maior posse de bola, mais finalizações, mas
pontaria falha. E o castigo veio de uma forma recorrente nos últimos jogos: a
bola parada. Assim foi o roteiro do primeiro jogo da final do Carioca para o
Flamengo. O empate em 1 a 1 com o Fluminense escancarou problemas da equipe de
Rogério Ceni e deixou tudo aberto na decisão do Estadual.
Com força praticamente máxima (de todos os titulares, apenas Diego Alves não
jogou), o Flamengo conseguiu impor seu ritmo de jogo e encurralar o
Fluminense, principalmente no primeiro tempo. O gol de Gabigol logo aos 17
minutos dava indícios que a equipe rubro-negra poderia construir uma boa
vantagem no jogo de ida da decisão.
Não foi, no entanto, o que aconteceu. O Flamengo construiu novas situações de
gol na etapa inicial, mas não soube aproveitá-las. Bruno Henrique se enrolou
com a bola na pequena área, Arrascaeta parou em Marcos Felipe e Gabigol - na
melhor chance das três - finalizou de direita para fora.
Mesmo assim, o Flamengo foi para o vestiário com amplo domínio nos números e
uma certa dose de tranquilidade. Bastava calibrar o pé que o time ampliaria a
vantagem. Na volta do intervalo, outra oportunidade criada e mais uma perdida:
Arrascaeta cruzou da direita e Bruno Henrique chutou fraco quase na pequena
área.
DOR DE CABEÇA ANTIGA
A partir daí, o Flamengo passou a tentar cadenciar o jogo e Fluminense cresceu
de produção com as substituições. O castigo veio aos 31 minutos do segundo
tempo em um lance que escancara um problema já conhecido: a bola aérea
defensiva. Gabriel Batista ficou na dúvida se saía na bola, ninguém marcou
Luiz Henrique, que subiu sozinho e serviu para Abel Hernández empatar.
Os números deixam claro a fragilidade do Flamengo nesse tipo de jogada. Desde
a estreia da equipe principal na temporada, o Rubro-Negro sofreu gol em jogada
de escanteio em sete das 13 partidas disputadas. Antes do gol do Fluminense,
os casos mais recentes haviam sido contra a LDU e Unión La Calera, ambos pela
Libertadores.
Por pouco, o Flamengo não levou a virada em um lance de desatenção de Willian
Arão, que poderia custar caro. Passados 90 minutos, a decisão do Carioca
continua em aberto. Para confirmar o favoritismo e conquistar o 37º título
estadual, cabe ao Flamengo ser mais eficiente com as chances criadas e
consertar os erros na bola parada.
A partida de volta entre Flamengo e Fluminense será próximo sábado, às 21h05
(de Brasília), no Maracanã. Em caso de empate, a decisão vai para os pênaltis.
Antes, o Rubro-Negro tem um compromisso pela quinta rodada da Libertadores,
quarta-feira, às 21h, contra a LDU, também no Maracanã.
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Fonte: https://www.lance.com.br/flamengo/escancara-fragilidade-bola-aerea-defensiva-nao-faz-valer-superioridade-final-carioca.html
Imagem: Marcelo Cortes
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