O técnico do Flamengo , Rogério Ceni, comentou nesta quinta-feira as críticas
que sofreu da torcida rubro-negra em seu início de trabalho e ressaltou que a
equipe multicampeã do técnico Jorge Jesus, que faturou vários títulos em
sequência entre o final de 2019 e o início de 2020, também teve momentos de
dificuldade.
Em entrevista ao UOL Esporte , Ceni relembrou alguns momentos em que o
"invencível" Fla de Jesus penou para ganhar de equipes menores, como Fortaleza
e CSA, além do Emelec, na Conmebol Libertadores, e lembrou que o título
continental em cima do River Plate também foi conquistado com enorme luta.
"Eu acho que você tem que tentar atingir a excelência sempre. 2019 foi um ano
fantástico. Mas vamos lembrar que, na Libertadores, o jogo contra o Emelec foi
para os pênaltis, como nós também fomos para os pênaltis contra o Racing (na
Libertadores 2020). E o próprio título poderia não ter acontecido. O gol de
empate foi aos 88 e o gol da vitória (contra o River) saiu já nos acréscimos.
Ou seja, poderia não ter acontecido o título, mesmo com o time (de Jorge
Jesus) jogando muito bem", afirmou.
"Eu lembro de dificuldades contra times menores. Contra o Fortaleza, que era o
time que eu estava dirigindo na época, o Flamengo ganhou no último minuto.
Lembro de um jogo contra o CSA, que foi 1 a 0 sofrido para o Flamengo, com o
CSA perdendo chances", recordou.
"É lógico que (o time de Jorge Jesus) tem muitas recordações boas, e é
inegável que o Jesus fez um grande trabalho, mas o time dele era um pouco
diferente (do atual). O Pablo Marí foi embora, o Rafinha também, o Diego se
contundiu muito mais este ano, ao contrário de 2019, que ele estava bem
inteiro. Então, são algumas coisas que têm que ser levadas em consideração",
opinou.
"O fator público no estádio também é algo que fez muita diferença. E o
aproveitamento do Gabigol nas finalizações também. Em 2019, foi na casa de 10
chutes, 7 hold. Esse ano, não foi o mesmo. E não é culpa dele, isso acontece.
Tem ano que a bola entra mais fácil. Eu mesmo, quando ainda jogava, teve ano
que fez 21 gols e teve ano que fiz três", argumentou.
"Esperamos agora ter um 2021 mais próximo de conquistas e de estilo de jogo
mais parecido com o que o Flamengo pode ter", complementou.
Ceni também revelou que, quando chegou à Gávea, precisou lidar com uma
preparação física que considerou deficitária no elenco.
Além disso, ele teve que trabalhar com vários atletas que estavam lesionados
ou em recuperação de contusão.
"Não podemos esquecer que, na Copa do Brasil (contra o São Paulo), nós
tínhamos o Everton Ribeiro na seleção, o Pedro na seleção e lesionado, o
Diego, o Filipe Luís e o Rodrigo Caio no departamento médico, o Arrascaeta
voltando de lesão... Era um time totalmente diferente do que acabou o ano
jogando (no Brasileiro)", salientou.
"O time, quando eu cheguei, achei que fisicamente estava um pouco abaixo para
jogar da forma que eu queria, que era pressionando na marcação. Tanto é que
tivemos ótimos primeiros tempos e depois caímos no segundo. Contra o próprio
São Paulo foi assim", recordou.
"O conceito que queremos para 2021 é o que acabou o ano (de 2020) jogando. É o
que a gente entende que tem que manter. Ao menos é o que eu vejo de melhor
para o começo e a continuidade de 2021", finalizou.
> Veja as últimas informações sobre o Mengão em nossa página principal, Clique Aqui
Fonte: ESPN
CURTA NOSSA PÁGINA