Veja o que falou Jorge Jesus após empate contra o São Paulo



Depois de oito vitórias consecutivas no Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi parado pelo São Paulo neste sábado, no Maracanã, e o jogo terminou empatado em 0 a 0. Questionado sobre os jogadores que poupou, o técnico Jorge Jesus disse que as escolhas não foram determinantes para o resultado, mas sim a postura antijogo do Tricolor.
- O fato do Rafinha, do Gerson e do Filipe não jogarem, vocês estão habituados aos times da Libertadores colocarem todos reservas. Por que não posso colocar três? Não entendo essa admiração. Não foi por isso que não vencemos. Jogamos para ganhar, fomos o único time a tentar ganhar. O São Paulo fez 25 faltas, a maca entrou muitas vezes.

- O São Paulo tem grandes jogadores e não precisa fazer tanto antijogo, e o árbitro foi conivente. Parar o jogo porque estão com câimbras musculares? Me senti na Arábia Saudita. Lá que os jogadores se atiravam no chão. Parecia que estava na Arábia Saudita. Se for uma lesão, tudo bem. Mas câimbras não é para paralisar o jogo. O São Paulo foi uma vez até nossa baliza e até criou chance. Atuou uma partida para não perder.
Na próxima rodada do Brasileirão, o Flamengo enfrenta a Chapecoense, no dia 6 de outubro, às 11h, na Arena Condá. Antes terá a decisão contra o Grêmio, na quarta-feira, em Porto Alegre, às 21h30, pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores.

MAIS DECLARAÇÕES DE JESUS:

Cansaço fez a diferença?

- Vocês estão habituados a ver o Flamengo jogando bem e ganhando. Entramos para competir. O São Paulo tem grandes jogadores. Aproveitou-se da nossa equipe não estar tão fresca como normalmente está. O tempo de recuperação foi pouco para equipe jogar no jeito intenso, mas ainda assim conseguimos. O campo estava pesado pela chuva. A equipe não está cansada, está pesada. Não tem a velocidade que geralmente tem. Normalmente, nesses jogos colocamos o jogador no limite do risco de uma lesão.

Fim da série de vitórias

- O jogo de quarta-feira não tem nada a ver com o jogo de hoje. Se ganhássemos, seria difícil como vai ser. Empatamos e vai ser a mesma coisa. Enfrentamos uma equipe experiente, com ritmo de jogo, que executou o que veio fazer e acho que poderia disputar mais o jogo. Não tem nada a ver uma coisa com outra. Sabíamos que não ganharíamos todos os jogos. O importante foi também não ter perdido. Nem sempre quem tem mais oportunidades ganha. Futebol é o único esporte coletivo onde nem sempre o melhor ganha. Não foi o caso de hoje. O Flamengo jogou contra uma outra grande equipe.
Postura do São Paulo recuado

- Hoje o São Paulo foi uma equipe que só se defendeu. Foi a equipe que mais fez falta no Flamengo, foram 27. Parou muito o jogo com falta. O São Paulo tem argumentos técnicos e táticos para encarar o adversário de outra maneira. Foi uma equipe que respeitou muito o Flamengo e sabia que não poderia dividir o jogo com o Flamengo. Foi uma equipe na retranca, sem saída de bola, mas com muita experiência.

Adversários recuados

- Preocupa um pouco, mas não que joguem fechados. É a estratégia em função dos objetivos. O que preocupa é a falta constante, quebra de jogo constante. Foram 27 faltas no jogo. Isso não existe. E o culpado é o árbitro. O São Paulo entrou desde a primeira meia hora para não deixar o Flamengo jogar. Se ele amarela os jogadores, isso não aconteceria.
Jogo com o Grêmio

- Vai ser disputado, como é óbvio. Nada vai ser resolvido em Porto Alegre aconteça o que acontecer. Vai ser muito competitivo, com ritmo alto. Essa, sim, é uma equipe que vai disputar o jogo conosco e algumas vezes nos colocar nas cordas. Mas estamos preparados para isso. Estamos conscientes para atacar e defender quando necessário. Vai ser um grande jogo e espero que o Flamengo esteja em um nível alto para competir e dar a resposta.

Comparação com Renato Gaúcho

- É um colega de profissão e estou aqui para falar sobre futebol. Na quarta, vou falar do jogo com o Grêmio. Mais do que isso, não vou falar. Apenas de que o Renato tem mais conhecimento do futebol brasileiro do que eu, já ganhou a Libertadores.
Psicológico para Libertadores

- A história do Flamengo na Libertadores está na memória dos torcedores, mas para nós conta estarmos na semifinal e buscar a vaga na final. Essa história queremos abrilhantar e isso só nos motiva. São dois jogos difíceis, muito equilibrados. É uma equipe que vai nos colocar nas cordas, o que raramente tem acontecido. Estamos habituados a comandar o jogo e não é o que vai acontecer. Temos que estar preparados e dar a resposta quando tivermos a bola. Nossa defesa tem melhorado, não é fácil fazer gol no Flamengo. Estamos confiantes e entusiasmados.

Ausência de Gabigol

- Se você perde o artilheiro do Brasileiro, claro que é uma perda. Mas precisamos buscar respostas para dar a equipe. Perdemos pelo terceiro amarelo, pelos jogos da Seleção, e vamos ter que buscar respostas. Neste momento, vou pensar no jogo de quarta-feira quando chegar em casa. Isso que me preocupa agora.
Demissão de treinadores

- Aqui no Brasil é muito comum. Na Europa também acontece, mas não com tanta facilidade. É muito jogo. Ganhamos oito partidas, empatamos hoje e já se questiona: e agora? Então, no Brasil vive-se muito o jogo a jogo. As coisas devem ser avaliadas pelo valor das equipes técnicas, de que as coisas vão acontecer. Outros presidentes tomam decisões com facilidade se as coisas não acontecerem. Aqui é muito fácil mandar um treinador para a rua. A pressão é muito grande também, as torcidas fazem pressão sobre os diretores e faz com que tomem decisões precipitadas. Mandam embora e depois de quatro jogos o mesmo treinador volta. O que vou dizer? É a emoção e a paixão do torcedor brasileiro.


Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/jesus-critica-postura-antijogo-do-sao-paulo-contra-o-flamengo-me-senti-na-arabia-saudita.ghtml

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