Entenda como a evolução tática de Gérson sustenta o interesse do Flamengo



Gérson é o novo alvo do Flamengo. Desejo da diretoria, foi aprovado pelo técnico Jorge Jesus e está disposto a retornar ao Brasil. Porém, como explicar as altas cifras do negócio em um atleta de apenas 22 anos? Mais do qualidade técnica, a mobilidade tática do meio-campista é o que sustenta o interesse rubro-negro em sua contratação. O GLOBO traz os prós e contras desta investida.



No Flamengo, Gerson é visto como um jogador de meio-campo versátil que pode jogar tanto centralizado, na função onde surgiu como uma das grandes revelações do futebol brasileiro, como segundo volante de transição, como mais adiantado, na criação e até nas pontas. Essa variação tática é considerada importante por Jorge Jesus.

Gérson surgiu nas categorias de base do Fluminense como um camisa 10 clássico. Em Xerém, ficou conhecido pelos seus bons lançamentos e chutes de fora da área. O controle de bola e a capacidade de organização das equipes o levaram às Seleções Brasileiras de base e o tornaram alvo de clubes europeus desde cedo. Um cenário parecido com o de Diego Ribas.

Gérson na Seleção Brasileira
Gérson na Seleção Brasileira Gérson na Seleção Brasileira Foto: Reprodução/YouTube



Promovido aos profissionais, Gérson só veio a ter chances efetivas em 2015. Porém, esbarrou no fator Ronaldinho Gáucho e pouco atuou centralizado. Pelas mãos de Enderson Moreira - e posteriormente Eduardo Baptista e Levir Culpi - foi deslocado para a meia-direita. Aberto, porém sempre cortando para o meio, ajudava na criação e na quebra de linhas. Era a sua principal característica.

No Fluminense, fazia a função parecia com a de Everton Ribeiro no Flamengo. É possível até comparar lances entre eles. Abaixo, recortamos um gol marcado por Fred, onde Gérson aparece puxando a marcação e aproveitando a infilitração do camisa 9. No Rubro-Negro, lance parecido foi realizado antes do tento de Bruno Henrique. Compare os lances:






Então, veio a milionária transfererência para a Roma e, consequentemente, o declínio de Gérson. O craque da base não conseguiu vingar na Europa. As poucas oportunidades com os técnicos Leonardo Spalletti e Di Francesco foram justificadas pela sua maior deficiência: a falta de intensidade. Atuou 42 vezes, poucas iniciando como titular e marcou apenas dois gols. O empréstimo era questão de tempo.

A Fiorentina serviu para recuperar o seu futebol - porém, em posição diferente da habitual. Gérson passou a atuar mais recuado, quase como um segundo volante, ajudando na distribuição do jogo e da saída de bola. Não era difícil vê-lo auxiliando a linha de zaga ocupando espaços. Algo parecido com que o Jorge Jesus está testando com Willian Arão.

Gérson na Fiorentina
Gérson na Fiorentina Gérson na Fiorentina Foto: Reprodução/Série A Pass



Os números de Gérson mostram essa evolução. Nesta temporada, atuou em 40 partidas, sendo 29 como titular, marcou três gols e deu três assistências. Foi o ano onde entrou em campo mais vezes desde que se transferiu para o futebol europeu e aumentou a sua eficência de passes para 84%, de acordo com dados do Sofascore.

Financeiramente, Gérson é uma aposta viável devido as condições financeira do Flamengo. Independente da formação utilizada por Jorge Jesus, o meio-campista pode se adequar a diversas funções táticas impostas pelo treinador. O atleta tem contrato em vigor a Roma até junho de 2021, mas está emprestado para a Fiorentina até o fim de 2019.


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/entenda-como-evolucao-tatica-de-gerson-sustenta-interesse-do-flamengo-23779638.html

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