Em nota, concessionária detalha custos do Maracanã e lembra que operação é feita pelos clubes



A relação jogos de futebol x Maracanã vem dando o que falat neste início de 2019. O Flamengo, que em três jogos levou 123.195 pagantes ao estádio, acumulou um prejuízo aproximado de R$ 183 mil. Por sua vez, o Fluminense, que teve 18.010 pagantes em três partidas, teve um déficit de cerca de R$ 846 mil. Números que vem causando a revolta de seus torcedores e críticas à administração do palco mais famoso do Brasil. Porém, a concessionária se defende e mostra números para isso.



Em nota divulgada para a imprensa na noite desta segunda-feira, com o título "entenda os custos operacionais dos jogos e da manutenção do Maracanã", os administradores argumentaram que o único valor que recebem da bilheteria é referente ao aluguel e que essas quantias não cobrem todos os gastos necessários para manter o estádio anualmente. Além disso, citaram outras receitas que não aparecem nos borderôs e lembram que responsabilidade do custo pela operação fica com aos próprios clubes.

Confira a nota na íntegra:

Entenda os custos operacionais dos jogos e da manutenção do Maracanã
- É preciso diferenciar o que é o custo de uma partida e o que é despendido para a manutenção do estádio estar sempre seguro, atualizado e confortável para os torcedores do primeiro ao último jogo da temporada.




- A operação e o custo das partidas, desde 2017, está sob a responsabilidade dos clubes, que negociam diretamente com os fornecedores. A operação dá conta de despesas que existem em todo e qualquer estádio do mundo, como água, energia, seguranças, orientadores e funcionários de limpeza, por exemplo.

- É importante ressaltar que parte significativa desses custos dizem respeito à segurança dos torcedores. No último jogo, entre Flamengo e Cabofriense, no dia 3/02/19, foram mais de 475 seguranças privados que, somados aos policiais do BEPE, formaram um efetivo de 695 pessoas.

- As contas públicas (água, energia e gás) são medidas somente para o período da partida. Ou seja, os clubes só pagam o que é consumido durante o jogo.

- Os clubes também são os responsáveis pela bilheteria e pela definição dos preços dos ingressos, que via de regra está atrelada aos respectivos programas sócio torcedor ou similares.



- As receitas provenientes destes programas de sócios torcedor ou similares não aparecem no borderô das partidas.

- As receitas times de futebol mandantes durante os jogos no estádio não se resumem apenas à bilheteria da partida. Pelos contratos estabelecidos entre o Maracanã e o clubes, estes recebem percentuais das receitas de alimentos e bebidas, bem como valores oriundos da venda de camarotes.

- Reiteramos que a única remuneração da concessionária que administra o Maracanã é de R$ 120 mil por partida e R$ 150 mil nos clássicos. Esses valores foram solicitados pelos clubes numa reunião realizada em 14 de janeiro na FERJ.

- É com este recurso que a empresa mantém o estádio sempre atualizado e com a manutenção em dia. Está no contrato de concessão, por exemplo, a correta amortização e depreciação dos equipamentos e espaços. Em linhas gerais significa que a concessionária deve trocar equipamentos que se depreciam o quebram ao longo do tempo, como lona da cobertura, telões, subestações de energia, sistema de segurança, ar condicionado, elevadores, catracas, cadeiras e outras dezenas de itens.



- As receitas obtidas pela concessionária por meio do aluguel do Maracanã nos jogos não cobrem todas as despesas necessárias para manter o estádio anualmente. É por esse motivo que o Maracanã viabiliza receitas por meio do conteúdo futebol, das dezenas propriedades do estádio e também através do desenvolvimento do entorno do estádio.

- A simples leitura do borderô das partidas, portanto, mostra apenas parte dos recursos que são movimentados durante um jogo de futebol.

Tomando como exemplo o borderô o jogo Flamengo x Cabofriense, sexta partida realizada no estádio em 2019 

- A única receita obtida pela concessionária foi o aluguel de 120 mil.

- Receitas descritas nas linhas 17 (conta de consumo) são pagas às empresas de água, energia e gás por meio do rateio das contas referentes somente ao período da partida.



- A linha 18 (custo operacional) é referente a valores que o clube paga diretamente a fornecedores como segurança, limpeza, orientadores, etc. Esse efetivo é dimensionado pelo próprio time, bem como a negociação com cada empresa.

- A linha 15 (custo de infraestrutura) trata de equipamentos, como separadores de fila, que o clube aluga para realizar a partida.

- Em resumo, os únicos valores pagos diretamente ao Maracanã são o aluguel os das linhas 16 (aluguel do estádio - R$ 120 mil) e 17 (contas de consumo - R$ 150 mil de provisão, mas cerca de R$ 95 de valor real depois da medição) de gás, energia e água, que os clubes pagam somente pelo valor consumido durante as partidas.



Fonte: https://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/em-nota-concessionaria-explica-custos-de-operacao-do-maracana-e-atribui-altas-despesas-aos-clubes.ghtml

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