Ponta ou centroavante? Mapas de calor de Gabigol em “era artilheira” provam que ideias de Abel podem ter sucesso



Por: Higor Neves e Venê Casagrande | Coluna do Flamengo

O Flamengo investiu alto para reforçar o elenco nesta temporada, e o atacante Gabriel Barbosa foi um dos principais nomes que chegaram à Gávea. Emprestado pela Inter de Milão até o fim do ano, o atleta já entrou em campo por três vezes desde que foi anunciado pelo Fla, sendo duas delas como titular. Entretanto, na “amostra inicial”, ainda não ficou claro se o camisa 9 será centroavante de ofício ou atuará pelo lado direito do campo.



Nas duas vezes em que Gabigol foi acionado desde o início da partida, ele dividiu espaço com Henrique Dourado, centroavante com característica de se manter mais fixo à grande área. No Flamengo, a única oportunidade que Gabriel teve como homem de referência foi durante o clássico contra o Botafogo, no qual ele foi acionado aos 20 minutos do segundo tempo.

IDEIA DO TREINADOR E POSIÇÃO DO JOGADOR

Por parte do técnico Abel Braga, a ideia de ter o atacante atuando mais pela faixa direita do campo agrada. Prova disso foi declaração feita durante a entrevista coletiva após a vitória por 3 a 1 sobre o Boavista, na última terça-feira (29).

– Eu botei ele (Gabigol) onde se sente bem. Nós estávamos com dificuldades. Eu gostei mais dele atuando pelo lado. Eu gosto de dois caras agudos pelo lado. Pode ver, as equipes que eu treinei, os atacantes foram artilheiros.



A faixa de atuação de Gabriel, aliás, é discutida desde sua apresentação no Flamengo. Quando questionado sobre em qual seria sua posição de preferência, o jogador se colocou à disposição para ser utilizado da forma que o treinador achasse mais proveitoso: “Pretendo ajudar em qualquer posição. No Santos joguei em todas, sou versátil. No que ele precisar, vou estar à disposição”.

VERSATILIDADE MARCOU “ANO ARTILHEIRO” PELO SANTOS

A temporada de 2018 foi uma das melhores da carreira de Gabriel. Atacante da Seleção do Campeonato Brasileiro promovida pela CBF e vencedor do prêmio “Bola de Prata”, o atleta foi artilheiro da principal competição de pontos corridos do futebol nacional (18 gols) e também Copa do Brasil (4 gols).

Na equipe paulista, Gabigol teve quatro treinadores diferentes – Dorival Junior, Jair Ventura, Serginho Chulapa (interino) e Cuca -, mas seu posicionamento não sofreu grandes alterações. Na maioria dos jogos, ele desempenhou a função de segundo atacante, com grande movimentação pela faixa central e presença constante no lado direito. Porém, apesar de seu mapa de calor mostra mais intensidade pelas beiradas, Gabriel dificilmente chegava à linha de fundo, sempre puxando a diagonal na região intermediária, o que distancia de uma caracterização como “ponta tradicional”.

CONFIRA OS MAPAS DE CALOR DAS PARTIDAS EM QUE GABRIEL MARCOU GOL(S)

Santos 5×1 Luverdense – 3 gols de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 3×1 Paraná – 2 gols de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 5×2 Vitória – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 1×2 Internacional – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 1×1 Flamengo – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Atlético-MG 3×1 Santos – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Cruzeiro 1×2 Santos – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 2×0 Bahia – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Vasco 0x3 Santos – 3 gols de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Paraná 0x2 Santos – 2 gols de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Cruzeiro 2×1 Santos – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 1×0 Corinthians – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Internacional 2×2 Santos – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 3×0 Fluminense – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

América-MG 2×1 Santos – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)

Santos 3×2 Atlético-MG – 1 gol de Gabriel (Mapa: Sofascore)



VISÃO DE QUEM ACOMPANHOU GABRIEL DE PERTO EM 2018

Setorista do Santos na Gazeta Esportiva, o repórter Lucas Musseti resumiu o comportamento de Gabigol ao longo da temporada. De acordo com Lucas, o desempenho do jogador cresceu após a chegada de Cuca. Com esse treinador, o atleta passou a atuar de forma mais próxima da área, tendo posicionamento mais fixo.

– Ele jogou a maior parte dos jogos como centrovante, mas se movimentando bastante, principalmente pelo lado direito. Ele começou como um ponta direita, com o Dorival Júnior. Com o Cuca, ele teve o posicionamento adaptado. Passou a jogar mais próximo da área, sempre mais caído pela direita. Porém, neste período, ele já saía menos da área. Antes, ele voltava mais ao meio de campo. O Cuca ajustou, e Gabriel passou a atuar mais como centroavante, ou abria para a direita, dando espaço para a infiltração. Neste momento, se deu o crescimento do Gabriel, marcando mais gols.


Fonte: https://colunadoflamengo.com/2019/01/ponta-ou-centroavante-mapas-de-calor-de-gabigol-em-era-artilheira-provam-que-ideias-de-abel-podem-ter-sucesso/

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