Em meio a atraso e expectativa, Fla deve estrear Arena da Ilha dia 14 contra a Ponte Preta



Após muita expectativa, atrasos e especulações, o Flamengo deve estrear no Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, no próximo dia 14, quando recebe a Ponte Preta, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A epopeia da Arena da Ilha teve os últimos capítulos nesta semana, quando o Rubro-Negro recebeu o aval da CBF para utilizar o estádio, mas não no clássico contra o Botafogo, no próximo domingo, porque os laudos necessários não foram enviados dentro do prazo.

Estima-se que o Flamengo tenha investido, pelo menos, R$ 12 milhões nas obras do Luso-Brasileiro. A expectativa de negociar os naming rights do estádio, sonhada no início do ano, ainda não decolou.

Extraoficialmente, há quem acredite que a demora para a liberação dos laudos necessários para a utilização do estádio tenha sido uma forma de pressionar o Rubro-Negro a mandar mais jogos no Maracanã. Como é de conhecimento geral, o futuro do Templo do Futebol segue incerto.

O Flamengo tinha a ideia de fazer um treino aberto ou um amistoso antes de mandar uma partida oficial no estádio. No entanto, isso vai depender da disponibilidade de datas. Um evento com sócios também foi especulado.

LUSA APROVA E AGUARDA POR JOGO DO FLAMENGO

Apesar de ser dona do estádio, a Portuguesa terá de aguardar a estreia do Flamengo no Luso-Brasileiro para voltar a jogar por lá. A informação foi divulgada pelo presidente da Lusa, João Rêgo, ao LANCE!. No entanto, isso não parece preocupar o dirigente. Ele elogia a estrutura montada na Ilha.

- Está bonito e seguro. Não é mais feito como estava, foi feito com um bom alicerce - disse o mandatário da Lusa.

A Portuguesa disputa atualmente a Série D do Campeonato Brasileiro e esperava mandar o jogo contra o Itumbiara, no próximo dia 10, no Luso-Brasileiro. Mesmo sem o seu estádio, a Lusa vive boa fase e lidera o Grupo 12 da quarta divisão nacional, com seis pontos. Como mandante, a Portuguesa jogou em Moça Bonita.

RELEMBRE ESPERA E IMPREVISTOS

O Flamengo assumiu a gestão do estádio no dia 1° de janeiro. No dia seguinte, o vice-presidente de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel, disse que os trabalhos estavam 'a todo vapor'.

Internamente - sem posição oficial -, o clube sonhava em jogar pela primeira vez na Ilha ainda no dia 8 de março, contra o San Lorenzo, pela primeira partida da fase de grupos da Libertadores. Contudo, a esperada estreia se arrastou com o passar do tempo. Em abril, houve novamente esperança de que o Rubro-Negro jogasse naquele palco, contra o Atlético-PR, pela Libertadores, o que também não foi possível.

A descoberta de uma cratera entre os setores Norte e Leste das arquibancadas, ainda em abril, atrasou ainda mais os planos do Flamengo. Na época, houve troca de acusações entre o Rubro-Negro e o Botafogo, antigo locatário do estádio. O clube da Gávea informou que havia um problema na tubulação, mas que era antigo e público.

O presidente Eduardo Bandeira de Mello chegou a afirmar que o Flamengo mandaria o jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG, na Ilha, no dia 10 de maio, mas isso não ocorreu.

- Vai ser na Ilha, estamos aguardando apenas detalhes burocráticos, mas como nós estamos fazendo a obra e sabemos que está tudo certo, temos a confiança que o jogo vai ser confirmado lá para a Ilha do Governador - disse o mandatário à Fox Sports, uma semana antes do jogo.

Em maio, os problemas foram na esfera burocrática. O Flamengo ficou irritado com a demora na liberação dos laudos necessários para utilizar o estádio. Agora, enfim, a estrutura está liberada para uso.

NOVA NOTA OFICIAL DO CLUBE

O LANCE! procurou o clube para conseguir uma explicação sobre o motivo do atraso nas obras. A reportagem não obteve resposta, mas o Flamengo publicou uma nota oficial. Confira abaixo o conteúdo divulgado pelo clube:

'O Clube de Regatas do Flamengo obteve nesta quarta-feira (31) todas as aprovações nas instâncias necessárias para mandar seus jogos nos próximos cinco anos e meio no estádio da Ilha do Governador.

Em novembro de 2016, o Flamengo entrou em acordo com a Associação Atlética Portuguesa para a utilização de seu estádio por um período de três anos, prorrogáveis por mais três. Em janeiro de 2017, após a contratação de empresas de renome no mercado de construção civil e arquitetura, iniciaram-se as obras visando modernizar todas as instalações esportivas, aumentar a segurança para os torcedores e ampliar a capacidade de público para aproximadamente 20 mil pessoas.

As obras transcorriam normalmente até que os engenheiros responsáveis se depararam com um sério e antigo problema, que se imaginava já ter sido solucionado, em uma tubulação de águas pluviais localizada debaixo da arquibancada do setor Leste, fato que poderia colocar em risco a integridade física e a segurança da torcida. Sob a rigorosa supervisão dos órgãos competentes, o Flamengo realizou toda a obra de transposição do referido canal, que agora passa atrás da arquibancada.

Em março, começaram as vistorias dos mais diversos órgãos públicos responsáveis pela liberação do estádio para a realização de partidas. O Flamengo seguiu rigorosamente todas as inúmeras determinações destes órgãos a respeito de questões relativas à segurança e ao conforto para torcedores, atletas e profissionais que frequentarão o local. Neste processo, cabe salientar os diversos elogios recebidos pelo Clube, inclusive do Conselho Regional de Engenharia, na condução profissional e criteriosa das obras realizadas.

Nos últimos dias, o Flamengo fez o que esteve ao seu alcance para atender o prazo estabelecido pela CBF para a realização do jogo pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. A despeito de todo o esforço, isso não foi possível em função de questões burocráticas inerentes aos procedimentos adotados pelos órgãos públicos responsáveis. Cabe ao Flamengo agora respeitar a decisão da CBF e disputar a partida em Volta Redonda.

Por fim, o Flamengo gostaria de reiterar que não abrirá mão de suas premissas de ética e austeridade para atingir seus fins. Para o Flamengo, não há preço para o bem-estar dos cidadãos cariocas. Por tudo isso, esperamos que o mesmo rigor aplicado para a aprovação do estádio do Flamengo na Ilha seja regra geral nas instalações esportivas de outros eventos.

O estádio da Ilha de hoje é melhor que o de ontem e o Brasil de amanhã há de ser melhor que o de hoje.' Lance





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