Entenda tudo que o Flamengo quer saber dos treinadores com quem se reunirá na Europa



Enquanto aguarda a chegada do diretor executivo Bruno Spindel a Portugal, o vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, publicou uma foto em seu Twitter, com uma imagem de fumaça preta saindo de uma chaminé. A indicação era óbvia para os católicos e os fiéis rubro-negros: ainda não há treinador escolhido para o lugar de Jorge Jesus. Os dirigentes se encontram neste sábado em Lisboa para traçar o roteiro de encontros com os candidatos.


Na pauta, e na ordem de possibilidades, estão o espanhol Doménec Torrent e os portugueses Carlos Carvalhal e Leonardo Jardim. Os dois primeiros aceitaram conversar sobre a possibilidade de comandar o Flamengo, e o terceiro, embora já tenha indicado a vontade de permanecer na Europa, deu sinal verde para um encontro pessoal. Seus empresários, no entanto, indicam que ele não tem intenção de trabalhar no Brasil no momento.

O processo de seleção não se assemelha a um entrevista de emprego, mas a um divã, em que os treinadores são questionados sobre como se sentiriam em assumir um trabalho em um país como o Brasil.


A questão da adaptação, muito além do idioma, e as possibilidades de assumir um contrato que preveja pelo menos o fim de todas as competições em disputa este ano, ou seja, até fevereiro de 2021, são condições básicas. O Flamengo não quer correr o risco de perder o profissional no meio das disputas que se iniciam em agosto. Por isso, um vínculo de um ano, ou até o fim de 2021, é o que será colocado como opção. Ou seja, até o fim do mandato de Rodolfo Landim.

Outra condição neste momento do projeto esportivo rubro-negro é a contratação de um treinador estrangeiro. O motivo não é a falta de opções no Brasil e na América do Sul, mas a continuidade do que vem dando certo. Por isso, os portugueses e espanhóis são os alvos iniciais. A receita de sucesso na contratação de Jorge Jesus se repete. Os dirigentes vão até a Europa, abrem um balcão de negociações, e já tem um exemplo de sucesso a ofertar.


Tudo isso será colocado na mesa de café que Spindel e Braz organizarão com os profissionais que mais se adequam ao perfil desejado pelo Flamengo, sobretudo na questão comportamental da equipe, que precisa continuar agressiva e ofensiva. Todos os três nomes citados estão dentro dessa filosofia. A diferença é o currículo de cada um.

Carlos Carvalhal é considerado um treinador com ideias semelhantes às de Jorge Jesus, mas normalmente prepara suas equipes de acordo com o adversário. Aos 54 anos, o ex-zagueiro tem passagens como treinador por várias equipes de menor expressão em Portugal, e é adepto da chamada periodização tática, que notabilizou outros portugueses. Ele teve experiência também na Turquia, com o Besiktas, e na Inglaterra, com o Swansea, onde foi bem avaliado.


Com o Rio Ave, joga neste sábado a chance de classificação para a Liga Europa, pela última rodada do Campeonato Português. Depois disso, já está acordado um encontro com os dirigentes do Flamengo. Que pode acontecer no domingo ou no decorrer da semana.

Sem clube, Domènec Torrent, 58, já disse que tem vontade de trabalhar no Flamengo. Seu entusiasmo após passagem pelo New York City na primeira experiência profissional agrada, mas o ex-auxiliar de Guardiola não tem grandes experiências após deixar o Barcelona, onde absorveu as ideias de seu mentor. O encontro com o espanhol havia sido marcado para este sábado, mas pode ser adiado.


Bruno Spindel só chega a Lisboa no meio da tarde, e ainda precisará passar por procedimentos de liberação na alfândega de Portugal. Como não tem passaporte europeu, a burocracia preocupa. Embora o dirigente tenha deixado o Rio afirmando que vai se reunir com treinadores neste sábado, o encontro com Torrent em Madri pode ser domingo.

A agenda de sábado estava definida levando em conta que Spindel fosse na quinta-feira, mas houve atraso para a obtenção da documentação. Nada que preocupe para o sucesso das tratativas. Ainda mais porque a intenção do Flamengo não é dar favoritismo a nenhum dos candidatos, para que a negociação financeira não extrapole os limites.


Nesse ponto, o clube se organizou para uma proposta nos padrões de Jorge Jesus. Que receberia cerca de 4 milhões de euros por um ano de contrato. A direção acredita que os alvos do momento se adequam a este realidade. Tudo isso será levado em conta na conversa com os treinadores.

Por enquanto, não existe um favorito da diretoria, e a busca não está afunilada e restrita aos três nomes. Mas o trabalho começará por eles. Mais especificamente, a bola está dividida entre Carvalhal e Torrent. Jardim tem trabalho reconhecido no Mônaco, onde foi campeão recentemente, mas é o azarão da lista.


Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/entenda-tudo-que-flamengo-quer-saber-dos-treinadores-com-quem-se-reunira-na-europa-24550574

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