'Agora vamos receber o Flamengo em casa', diz idealizador de consulado do clube em Lima



A mudança do palco da final da Libertadores deixou a imensa maioria da torcida do Flamengo indignada, em busca de remarcação de passagens e hotéis. Não foi o caso de cerca de 15 rubro-negros do consulado Fla-Peru, em Lima.


Idealizador do projeto, que desde 2017 reúne torcedores na capital peruana, Jayme da Cunha conta que estava com passagens compradas para ele e familiares para Santiago, no Chile, quando houve a mudança brusca e a escolha pelo Peru.

- Agora vamos receber o Flamengo em casa. Foi uma surpresa. De um momento para outro. Algo sensacional! - comemora o torcedor de 40 anos, que é meio brasileiro, meio peruano.


O pai, flamenguista, é do Rio, onde a família ainda tem casa e vem de vez em quando. A mãe, peruana, fez Jayme manter as raízes no Peru, onde torce pelo Universitario, equipe que manda seus jogos no estádio Monumental, palco da final da Libertadores.

A relação mais próxima dos peruanos com o Flamengo se deu com a chegada de Paolo Guerrero. Segundo Jayme, que morou no Brasil de 2006 a 2014, a temporada no Rio no período serviu também para ele se deparar com o novo momento do clube em termos de organização financeira, durante os mandatos do presidente Eduardo Bandeira de Mello.


- Virei sócio-torcedor em 2013, a gestão do Bandeira, estava confiante. Mesmo sabendo que voltaria ao Peru. Paguei para ajudar o Fla. Valeu à pena. Esse timaço é por conta dos sócios que ajudaram - vibra.

A primeira grande contratação do Flamengo foi exatamente o maior ídolo do Peru. Naquele momento, em 2015, o consulado em Lima não existia, mas quando Trauco chegou, no fim de 2016, houve as primeiras conversas. A dupla peruana da seleção fez o Flamengo virar assunto entre o povo de Lima, e surgiu o consulado.


- Em 2017 era uma febre com o Guerrero. Depois chegou o Trauco, que é de La U, meu time, estádio da final. Guerrero é do Alianza Lima. Flamengo tinha um jogador de cada time. Via na rua pessoas com camisa do Flamengo. Eu jogava futebol com os amigos e todos comentavam que tinha jogo do Fla. Tava muito na mídia - recorda Jayme Cunha, que nesse momento fez contato com o Flamengo e disse que gostaria de iniciar um consulado no Peru.

- Depois que o Guerrero e o Trauco foram embora, diminuiu um pouco a mobilização. Alguns sairam, mas outros chegaram. A gente se juntava em um bar brasileiro que tem em Lima. E via os jogos da Libertadores - relata o torcedor.


O Flamengo está em contato com o grupo que participa do consulado em Lima para a organização de eventos informais com torcedores dias antes e na data da final. Haverá ainda uma recepção a outras embaixadas e consulados, além dos torcedores comuns que chegarem de viagem ao país. O projeto é capitaneado pelo vice-presidente Maurício Gomes de Mattos, que vai ao país promover o consulado.

- Eles começaram com um número pequeno de sócios-torcedores. São aproximadamente 15 pagantes. Vou chegar uma semana antes do jogo e vamos organizar um evento informal, para confraternizar o pessoal de lá com quem chegar - disse Maurício.

O projeto de embaixadas e consulados está espalhados por vários países. No Chile, onde seria a final da Libertadores, a adesão é próxima de cem sócios.


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/agora-vamos-receber-flamengo-em-casa-diz-idealizador-de-consulado-do-clube-em-lima-24066819.html

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