Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, Rodrigo Dunshee, candidato
à presidência do Flamengo, discutiu o futuro do departamento de futebol do
clube caso seja eleito.
Recentemente, Marcos Braz informou ao atual presidente Rodolfo Landim que
não pretende continuar na vice-presidência de futebol do Flamengo em 2025,
mesmo que a situação vença a eleição no final do ano. Em resposta a essa
situação, Dunshee declarou:
"A gente respeita a posição do Marcos. Nosso futebol está muito bem
organizado, conquistou inúmeros títulos e importantes vitórias. Quando não
venceu, disputou até o final muitos outros títulos. Mudamos de patamar e
isso causa inveja a todos os clubes do Brasil. Entendo que o futebol do
Clube de Regatas do Flamengo está apto e maduro para prosseguir sem a
colaboração do Marcos. Sempre podemos e devemos aprimorar, mas é preciso
reconhecer os avanços e conquistas da gestão Landim. Aliás, alguns de
nossos executivos e profissionais técnicos foram contratados para outros
grandes clubes e até para seleção recentemente, o que só reforça o
profissionalismo e competência dos nossos colaboradores. Marcos é
grande-benemérito, grande rubro-negro e merece respeito".
Sobre a possibilidade de tentar convencer Braz a permanecer no cargo,
Dunshee foi claro:
"A gente respeita a posição do Marcos e se ele comunicou que vai sair em
2025. Vamos seguir sem ele, com os profissionais que valorizamos. Não
estou cogitando convencê-lo do contrário".
Quanto à estrutura do departamento de futebol, Dunshee afirmou que pretende
manter a profissionalização em alta:
"O estatuto do Flamengo prevê o cargo (vice-presidente de futebol) e
quando não se nomeia, o presidente acumula a função, como fez Eduardo
Bandeira de Mello. O que não é bom. Contudo, o futebol já está
profissionalizado e a ideia é valorizar cada vez mais a estrutura
profissional do clube, sempre pensando em aprimorar. O presidente Landim,
em nosso projeto, iria para o Conselho Deliberativo justamente para
liderar o processo de mudança do estatuto, para melhorar a nossa
governança, que não prevê a figura dos diretores profissionais. Eu vou
manter o Bruno Spindel, o vice de futebol será alguém estratégico, próximo
do presidente, atendendo ao estatuto, mas não estará no Centro de
Treinamentos no dia a dia. Poderemos trazer alguém da área técnica, para
ficar mais próximo do Tite, mas ainda não sei quem seria. E não abrirei
mão do Spindel. Landim vai comandar a alteração do estatuto, se aprovado
pelo conselho, porque atualmente não conta com funções como a de CEO.
Queremos melhorar essa governança. Enquanto isso, eu vou nomear um vice de
futebol, mas será uma pessoa muito mais estratégica".
Questionado sobre possíveis nomes para a vice-presidência de futebol,
Dunshee não se comprometeu:
"Em relação a nomes, não tenho compromisso com nenhum. Está muito cedo
para isso, inclusive. O que temos é um projeto sólido, com a premissa de
manter as conquistas da gestão atual e aprimorar aquilo que ainda podemos
e devemos melhorar. O Flamengo teve uma gestão que se destacou em
governança, administração, finanças e vitórias. Isso não é mérito de um
nome, de um profissional ou um VP somente. É uma estrutura que contempla
muitas pessoas. Temos muitos profissionais bem qualificados e eles estão
comprometidos a continuar comigo, o que entendo relevante para o
Flamengo".
Sobre a continuidade do conselho de futebol, Dunshee destacou a importância
da coletividade nas decisões:
"Sobre mercado, um dos ganhos dessa gestão é o fato de não deixar as
decisões a cargo de uma só pessoa. Tem o scout, que é apresentado ao
conselho de futebol, que discute os nomes, as situações e decide. Isso
acabou sendo bom porque há menor chance de erro. Vou manter o conselho de
futebol, com nomes a serem definidos".
Imagem: Divulgação
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