A conturbada relação entre o treinador Jorge Sampaoli e o elenco do Flamengo
tem gerado debates e discussões nos bastidores do futebol. O recente episódio
da agressão do ex-preparador físico do clube ao atacante Pedro e a derrota por
3 a 0 contra o Cuiabá amplificaram as especulações sobre os bastidores do
Rubro-Negro. No entanto, Djalminha, ex-jogador do clube, expressou uma visão
diferente em relação ao possível desgaste entre os jogadores e o treinador
argentino.
Durante o programa "Resenha da Rodada", Djalma entrou em um debate com Lugano
sobre o tema, levantando exemplos de sua experiência no futebol para
argumentar a favor de que o profissionalismo se sobrepõe às relações pessoais.
O diálogo começou quando Lugano abordou o histórico de Sampaoli e suas
dificuldades de relacionamento em outros clubes e seleções. Ele destacou que o
treinador possui um histórico de relações difíceis com jogadores, tanto no
Chile quanto em outros times, e questionou se a diretoria do Flamengo estava
ciente disso ao contratá-lo.
Djalminha, no entanto, divergiu da perspectiva de Lugano e enfatizou que, para
ele, "o profissional está acima do pessoal" e que a qualidade do trabalho do
treinador e o desempenho da equipe em campo são mais importantes do que
eventuais atritos pessoais.
"Essa parte do relacionamento, ok, a gente não está lá dentro para saber.
Mas eu não me prendo a isso, só ao profissional. Se ele for um excelente
treinador, o time estiver evoluindo, jogando bem, cara, o relacionamento se
tiver bom é ótimo para o ambiente, mas se não tiver e o trabalho estiver
andando, tudo bem. O problema é o trabalho. Se os jogadores estão de acordo
com as ideias de jogo", explicou Djalminha.
O ex-jogador também compartilhou uma experiência própria, quando fez parte de
um grupo em que a maioria não gostava do treinador, mas ainda assim
conseguiram conquistar o título espanhol. Ele concluiu sua posição ressaltando
que o fundamental é a qualidade e a competência do treinador em suas funções.
"Eu participei de um grupo que tinha 25 jogadores que não gostavam do
treinador e a gente foi campeão espanhol. Ele não enchia o saco da gente
no trabalho, não falava nada e assim foi. Acho que, assim, não é um fator
determinante. Determinante é ser um bom treinador ou não", finalizou.
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