Flamengo desfila na Argentina, transforma semi de Libertadores em Carioca e reforça lema de Bruno Henrique

No dia 13 de novembro de 2019, ainda sem as conquistas que marcaram a atual geração, Bruno Henrique criou uma frase que se espalhou pelo universo rubro-negro: "O Flamengo está em outro patamar".

Na época, o camisa 27 desabafava após um clássico em 4 a 4 contra o Vasco. Pouco mais de três anos depois, o discurso do atacante virou lema na torcida e nunca fez tanto sentido na prática.

Neste 31 de agosto de 2022, o José Amalfitani recebeu o avassalador Flamengo de Dorival Jr. Polêmicas sobre o gramado ruim, pressão da torcida e uma tensão normal de semifinal de Conmebol Libertadores traziam previamente um clima de que seria uma verdadeira batalha. Algo que nem chegou perto de ser com o impiedoso 4 a 0 em campo.

Com um elenco experiente, vencedor e em uma fase que faz até o fantasma Jorge Jesus sumir do Ninho do Urubu a cada vitória com bom futebol, o Flamengo transformou a semifinal de Libertadores em Campeonato Carioca. No aspecto tático, técnico e emocional, o Flamengo foi soberano. Domínio absoluto durante o jogo. Até mesmo nos momentos delicados em que a torcida do Vélez Sarsfield tentava empurrar o seu time.

Foi assim que o Flamengo saiu na frente. Aos 32 minutos, em meio ao cenário de pressão que habitava no El Fortín, Léo Pereira deixou Pedro na cara do gol. E o camisa 21 não desperdiçou.

Quinze minutos depois, o Flamengo voltava a desfilar. No, talvez, gol mais bonito do time na atual edição, Everton Ribeiro decretou o segundo após uma verdadeira linha de passe. O gol calou o José Amalfitani.

A esperança do Vélez era a virada do segundo tempo. A torcida voltou a pressionar. Mas o Flamengo de Dorival parecia em outra órbita. E estava. Nada tirava o foco e a disciplina tática que acompanha a equipe desde a classificação diante do Atlético-MG. E foi assim que Pedro voltou a marcar.

Após um outro belo passe de Gabigol, Pedro fez o que sabe de melhor. Preencheu o espaço vazio nas costas da defesa, cavou por cima do goleiro e fez 3 a 0. Já no fim da segunda etapa, o camisa 21 anotou o terceiro. Mais um hat-trick pelo Flamengo. Artilheiro da Libertadores, ele chegou a 11 gols, encaminhou a classificação à terceira final em quatro edições de Libertadores e aumentou (ou diminuiu) ainda mais a dúvida que Tite tem para a vaga que falta ao ataque da seleção brasileira.

O que se viu no José Amalfitani foi um verdadeiro baile. Baile tático, técnico e emocional. Calando a forte torcida do Vélez e as polêmicas que cercaram o duelo por conta do gramado.

Se em 2019, o passaporte à final foi carimbado com um sonoro 5 a 0 no Grêmio e em 2021 com um 4 a 0 no agregado diante do Barcelona, o 4 a 0 contra o Vélez em 2022 talvez seja até mais emblemático. Por um motivo: a frase de Bruno Henrique lá em 2019 faz cada vez mais sentido. O Flamengo está em outro patamar.

Fonte: ESPN

Imagem: Divulgação

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