Análise: com 45 minutos de um time que "ganha quando quer", Flamengo atropela o Bahia



“O Flamengo está jogando como se fosse ganhar quando quiser”. Mas não é?


A vitória sobre o Bahia, na noite de domingo, no Maracanã, foi daquelas em que a prática confirma a teoria. Com 45 minutos ao modo Jorge Jesus, o Rubro-Negro desamarrou a bem postada defesa rival, virou o placar e ficou ainda mais próximo do título brasileiro. Agora, faltam somente oito pontos em seis rodadas.

Com o 3 a 1, o Flamengo completou um turno inteiro de invencibilidade, 17 vitórias e dois empates, e praticamente zerou o Brasileirão. Dos 19 adversários, apenas o São Paulo, com dois empates, não foi batido pelos cariocas na competição. Uma campanha avassaladora!


Flamengo x Bahia

Posse de bola: 63% x 37%
Finalizações: 21 x 9
Chances reais: 10 x 4
Faltas: 10 x 11
Bolas levantadas: 29 x 6
Passes certos: 448 x 166
Passes errados: 12 x 22

E é justamente por ser tão avassalador que o Flamengo tem encarado adversários tão precavidos. O Bahia entrou em campo no Maracanã todo atrás da linha da bola, fechado a partir da intermediária defensiva e apostando na velocidade dos contragolpes.


Com a entrada da área congestionada, o Tricolor baiano não dava qualquer espaço para um adversário carente de criatividade nos 45 minutos iniciais. De quebra, abriu o placar em lance de sorte.

Foi preciso bate e rebate entre Marí e Filipe Luís para a bola sobrar para Nino Paraíba cruzar. E foi preciso também rebatida de Diego Alves para Elber chutar em cima de Willian Arão. Gol contra e tensão na descida para o intervalo.


O segundo tempo, no entanto, foi um atropelamento. Com Reinier no lugar de Vitinho, o Flamengo em nada parecia aquele time arrastado dos 45 minutos iniciais. E a diferença se deu muito por uma mudança de posicionamento: o jovem de 17 anos como centroavante e Gabigol aberto na direita.

O Flamengo abriu o campo, achou espaços e ganhou em quantidade no setor ofensivo. Com Filipe Luís caindo por dentro, a equipe invariavelmente tinha superioridade numérica nas ações e o Bahia sequer teve tempo para entender o que estava acontecendo.


Éverton Ribeiro abriu espaço pelo meio e tocou para Gabriel cruzar aos oito. Gol de Reinier. Acuado, o Bahia não achou os homens de ataque rubro-negros e o próprio Reinier teve duas chances de virar até que mais uma genialidade individual beneficiou o coletivo.

Filipe Luís deu lindo passe de três dedos para achar Gabigol nas costas da zaga. Mais uma assistência do artilheiro, gol de Bruno Henrique. Lembra aquela história de que o Flamengo joga como se fosse vencer quando quisesse? Quis na volta do intervalo.


Gabriel ainda fez o 21º gol no Brasileirão para fechar o placar e igualar recorde de Zico em rebote de falta de Arão. Era a cereja do bolo em uma festa onde o Bahia participou de espectador no segundo tempo. Diego Alves sequer foi incomodado.

Na arquibancada, a torcida soltou o grito de “é campeão!”. Ainda faltam oito pontos, mas é difícil duvidar que seja questão de tempo. Afinal, o Flamengo é o time que ganha “quando quer”.


Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/analise-com-45-minutos-de-um-time-que-ganha-quando-quer-flamengo-atropela-o-bahia.ghtml

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