Principal jornal argentino faz raio-x do Flamengo e vê 'gigante com poder europeu', mas acha um ponto fraco; veja qual



Flamengo e River Plate farão uma das finais de Copa Libertadores mais disputadas nos últimos tempos. Marcada para acontecer no dia 23 de novembro em Santiago, no Chile, a decisão promete reunir as duas melhores equipes do futebol sul-americano atualmente. E, projetando essa grande partida, o Clarín, principal jornal argentino do país, fez um raio-x completo da equipe carioca.


E, na análise que fizeram do Fla, não faltaram elogios a todos os aspectos da instituição. Administração, poderio econômico, comando técnico e principalmente a qualidade de seus jogadores. Tanto que chama o Flamengo de um “gigante com poder europeu”. Mas, aponta uma fragilidade da equipe.

A matéria começa destacando que hoje na capital carioca por onde se anda encontram-se pessoas com a camisa do Flamengo nas ruas, muito por causa de um fator: o clube tem a maior torcida do mundo com 40 milhões de torcedores.


Mas, apesar de toda a grandeza de sua torcida, um ponto incomoda. Em seus 123 anos de história, apenas quatro títulos internacionais. Libertadores e Mundial de Clubes em 1981, Copa Mercosul em 1999 e Copa Ouro em 1996.

Lembram a única conquista de Libertadores do clube em 1981 contra o Cobreloa dirigido pelo argentino Vicente Cantatore com uma vitória no Maracanã por 2 a 0 e uma derrota no Chile por 1 a 0.


A declaração do presidente do clube Rodolfo Landin provocando os clubes argentinos ganha destaque: “Flamengo tem representantes que vão continuamente à Conmebol, mas não são como alguns clubes argentinos que têm pessoas trabalhando lá dentro. ”

Rodolfo Landim, aliás, que guarda semelhanças com o início do de Mauricio Macri (atual presidente da Argentina) em seu início à frente do Boca Juniors. Os dois ainda têm em comum a formação: são engenheiros e empresários e chegaram ao clube com a missão de devolverem seus clubes no cenário internacional.


A estratégia adotada pelo mandatário no futebol foi de abrir os cofres e sair ao mercado para buscar contratações. Tanto que a publicação destaca em um trecho de sua matéria dizendo que o Flamengo rompeu todos os moldes e até a metade do ano se transformou em um clube europeu com sede no Rio de Janeiro.

Essa força no mercado começa por Filipe Luís, que deixou o Atlético de Madrid após oito anos para realizar seu sonho de infância. A outra lateral é completada por Rafinha. 13 anos na Europa, sendo oito deles no Bayern de Munique.


A zaga é reforçada com Pablo Marí, terceiro espanhol a jogar no Flamengo e que chegou por empréstimo do Manchester City. Um adendo especial para Gerson, meio-campista que deixou a Roma por mais de 12 milhões de dólares. Um camisa cinco como antigamente e que toma conta do setor sempre bem colocado.

Esses reforços se somam a um elenco poderoso montado no início da temporada com a contratação do uruguaio De Arrascaeta do Cruzeiro por cerca de R$ 63,7 milhões, o valor mais alto pago por um jogador na história do clube carioca. Bruno Henrique, com passagens por Santos e Wolfsburg, Rodrigo Caio, zagueiro prestigiado que esteve na mira do Barcelona, são outros que deram corpo à equipe.


Mas o grande destaque vai para Gabigol, ídolo da torcida e que esse ano tem 19 gols em 20 partidas no Brasileirão e 7 gols em 11 partidas pela Libertadores. Os cartazes espalhados pelo Maracanã já dão o recado: Hoje tem gol do Gabigol.

A matéria ainda passa por toda a dura campanha flamenguista na Libertadores, desde a fase de grupos, onde caiu no mais parelho de todos, com LDU, do Equador, Peñarol-URU e San José-BOL. As oitavas contra o Emelec foram um grande desafio onde o Maracanã foi fundamental somada à grande apresentação de Gabigol, com duas bolas na rede, para levar a partida para as penalidades. Flamengo adiante.


Nas quartas passou pelo Internacional e contra o Grêmio vingou 1984, quando o tricolor gaúcho eliminou os cariocas. E na eliminatória contra os gremistas o Fla sabia que teria um adversário complicado, experiente e que chegava à sua terceira semifinal de Libertadores consecutiva. Mas foi um salto de qualidade. Na primeira partida já foram quatro gols, mas três anulados. Na volta, um festival que mostrou todo o poderio e repertório da equipe.

O trabalho de Jorge Jesus também é exaltado e lembram de sua brilhante passagem pelo Benfica onde treinou argentinos como Enzo Pérez. No Campeonato Brasileiro, soberania com dez pontos de vantagem para o segundo colocado Palmeiras.


A descrição das qualidades individuais é de muita reverência. "A equipe mais prestigiosa do continente". Laterais de nível europeu, zagueiros jovens e de qualidade que sabem sair jogando, dois atacantes rápidos, de mobilidade e letais (Bruno Henrique é imparável na velocidade), meias de manejo e chegada (Arão tem uma dinâmica impressionante e Arrascaeta e Everton Ribeiro aportam pegada e muitos passes precisos.) Dos 11 titulares, sete jogaram no futebol europeu.

E qual o único ponto fraco dessa equipe? A publicação aponta que o Flamengo ainda não teve que correr atrás de uma situação adversa e precisou “apertar os dentes” para ganhar. O River será capaz de tomar a bola do Flamengo? Ou Gallardo irá esperar?

A análise termina relembrando a última derrota do Flamengo. 3 a 0 para o Bahia em 4 de agosto. De lá para cá, 15 partidas, 12 vitórias e três empates. A capa do jornal carioca Expresso é usada para se referir à longevidade da última derrotada flamenguista, brincando que o feito aconteceu na época dos dinossauros.


Fonte: https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/6236282/flamengo-principal-jornal-argentino-faz-raio-x-da-equipe-e-ve-gigante-com-poder-europeu-mas-acha-um-ponto-fraco-veja-qual | Foto: Getty Images

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