Éverton Ribeiro terminou a partida quase como volante. Paquetá saiu da esquerda, passou pelo meio e atuou enfiado na área. Marlos e Vitinho abriram dos lados e não foram efetivos. No pacote de alternativas rubro-negro o jogador mais perigoso da noite de eliminação – mais uma em menos de um mês, depois da Libertadores para o Cruzeiro dia 29 de agosto - foi... Pará.
O lateral-direito fez a jogada do gol contra de Henrique e colocou a bola na trave perto do apito final, em conclusão surpreendente.
Paquetá e Dourado ficam mais adiantados, Vitinho abre pela esquerda, Ribeiro na direita. Assim se arruma o Fla #trarenacor pic.twitter.com/wxQUVBA5N6— Raphael Zarko (@raphazarko) 27 de setembro de 2018
Se na primeira partida o Flamengo chegou a 70% de posse de bola, no jogo de São Paulo houve equilíbrio maior de ações – 57% a 43%. É evidente que, até pela proposta e estilo de jogo das duas equipes, o Rubro-Negro tentaria o ataque. E cairia numa armadilha que parece buscar para si próprio: vai à frente, não consegue vantagem e abre espaços para os adversários, que uma hora encaixam jogadas e ameaçam. Até marcar.
Nervosismo de Arão. Vacilo de Ribeiro
O gol do time da casa, aos 13 minutos, era o pior cenário possível para o Flamengo. Na casa do adversário, contra uma equipe que adoraria jogar atrás. Mas um passe genial de Willian Arão – a bola passou entre três marcadores - para Pará mudou tudo. O gol contra do zagueiro Henrique colocou o Flamengo de volta no jogo.
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Pará foi o jogador mais perigoso do Flamengo no jogo — Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com
Apesar do gol impedido, jogada muito inteligente e bem executada do Fla. Diego (na foto com a bola) para Paquetá para Ribeiro e Dourado #trarenacor pic.twitter.com/xRBy4tD72o— Raphael Zarko (@raphazarko) 27 de setembro de 2018
Na primeira partida, o Flamengo finalizou 21 vezes. No segundo jogo, em Itaquera, foram oito finalizações. Com perigo mesmo, na segunda etapa, houve um chute de Paquetá, após contra-ataque puxado por Arão e Diego, e outro de Vitinho, que Cássio também defendeu. No fim, Lincoln fez boa jogada combinada com Marlos, mas foi travado no chute. O último respiro veio da finalização de Pará, após cruzamento de Trauco, que fazia partida correta, mas deu espaço para o chute de Pedrinho.
Saída de Diego piora equipe
Aos 18 minutos da segunda etapa, Diego sentiu e pediu substituição. O meia, camisa 10, se já não é capaz de imprimir ritmo forte, tampouco decidir jogos, fazia boa partida. Com visão de jogo, achou subidas dos jogadores de lados de campo e no início da segunda etapa driblou, sofreu falta e bateu com perigo.
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Willian Arão fe boa partida, mas cometeu muitas faltas e foi substituído — Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com
A bola de Pará na trave foi melancólica para um time que teve poucas chances, mais a bola, é verdade, mas, uma vez mais, não traduz a superioridade em campo #trarenacor— Raphael Zarko (@raphazarko) 27 de setembro de 2018
O roteiro da eliminação em São Paulo, apenas em 2018, tem capítulos parecidos: no Carioca, o Botafogo. Na Libertadores, o Cruzeiro. No Brasileiro, onde reside a última esperança rubro-negra, a arapuca foi são-paulina, dentro do Maracanã. Os constantes fracassos tornam a crise rubro-negra muito mais delicada. Não é crise técnica. Mas de identidade vencedora.
Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/analise-ineficaz-e-inseguro-fla-esgota-alternativas-e-coleciona-mais-uma-eliminacao.ghtml
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