Talvez se o toque de Lincoln, aos 48 minutos do segundo tempo, saísse pela linha de fundo as lições deste empate no grande jogo da Arena nessa quarta-feira não tivessem a devida atenção. O Rubro-Negro que saiu com o 1 a 1 contra o Grêmio na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil deixou o estádio do Tricolor gaúcho maior do que entrou.
O Flamengo foi capaz de tirar os espaços de Everton (fora a primeira jogada do segundo tempo) e de Luan, tudo isso com o time uns 10 metros para frente dentro do terreno gremista. E com um feito enorme: não cedeu sequer um contra-ataque (como comparação, é só lembrar dos muitos contra-ataques que o São Paulo teve no Maracanã quando venceu por 1 a 0). Na Arena, a segunda etapa registrou zero chute a gol e escanteios para os gremistas.
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Paquetá no primeiro tempo: poucos avanços, mais precauções defensivas (Foto: Footstats)
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No segundo tempo, meia saiu mais, caiu pelos dois lados e ajudou no combate direto quando o Fla perdia a bola (Foto: Footstats)
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Évertin Ribeiro restrito ao lado direito, praticamente, na primeira etapa (Foto: Footstats)
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No segundo tempo, Ribeiro circulou e construiu lances de perigo do lado direito, como na enfiada de bola para Renê cruzar para Lincoln marcar (Foto: Footstats)
A partida na capital gaúcha também testou o fôlego do Flamengo, que atuou com os titulares contra o Sport, no último domingo, embarcou para Porto Alegre e pegou um time descansado. Mas o que se viu na segunda etapa foi o Rubro-Negro com mais saúde para correr atrás do placar até conseguir.
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O Grêmio adiantou a marcação no início da partida e dificultou a saída do Flamengo (Foto: Raphael Zarko)
No início, talvez para cuidar dos avanços de Everton, sem deixá-lo ficar no mano a mano com Rodinei, Paquetá atuou mais recuado na primeira etapa. A estratégia funcionou parcialmente, pois Everton só levou vantagem, com perigo, em um lance, quando ultrapassou Rodinei e Cuéllar, mas foi bloqueado no chute.
O Grêmio, no entanto, teve mais espaços e atrapalhou a saída de bola do time do Flamengo, marca registrada da equipe de Barbieri. Houve erros e o time gaúcho poderia até ter aproveitado melhor, mesmo em tentativas de fora da área. No total, foram 14 finalizações gremistas, contra seis do Flamengo.
Três chances mais claras até o gol
Com paciência, na segunda etapa, o Flamengo teve quase 70% de posse de bola e martelou – foram 11 finalizações contra nenhuma do adversário. Se na primeira etapa, a melhor oportunidade – das seis tentativas – talvez tenha sido no pé esquerdo de Rodinei, em avanço dentro da área, na segunda etapa o gol muito em função de um jogador que só cresce no Rubro-Negro: Éverton Ribeiro.
O Grêmio montava um bloqueio e levava vantagem nas bolas aéreas, com a eficiência de Kanneman e Geromel. Mas os toques curtos e as infiltrações incomodavam. Foi assim que Paquetá, mais solto, quase marcou. Foi desta maneira que Cuéllar pedalou, foi ao fundo e achou Diego, que cabeceou por cima.
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Diego entra na área pelo chão: mesmo com Grêmio bem fechado, Rubro-Negro buscou espaços com toques curtos (Foto: Raphael Zarko)
Em mais uma partida com muitos passes trocados – 524 no total, de acordo com o Footstats -, o Flamengo teve bem mais boas notícias para comemorar, além do gol aos 48 minutos. Em duelos tão equilibrados, como se anuncia a volta contra o Grêmio no Maracanã – e as duas partidas contra o traiçoeiro Cruzeiro de Mano Menezes -, um Flamengo controlador de jogo, atento a contra-ataques, forte e resistente fisicamente, com alternativas no banco (e voltas de Rhodolfo e Berrío a caminho), tende a minimizar erros para superar grandes adversários. É sem dúvida um cenário animador para a torcida rubro-negra.
Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/dominio-seguranca-e-elenco-fla-vive-noite-de-pequenas-vitorias-em-empate-na-arena.ghtml
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