Interdição no Maracanã significa queda de 1 milhão em arrecadação



Por Mauro Cezar
- Oficialmente o Maracanã comporta 78.838 pessoas. Na Copa do Mundo de 2014, recebeu média de 74.152 torcedores, sendo 74.738 na decisão. Alguns lugares interditados para montagem instalações onde posicionam câmeras de televisão e por outras razões do tipo são compreensíveis. Mas não há como entender, aceitar que o estádio tenha sua capacidade reduzida em cerca de 30%, limitado a cerca de 55 mil espectadores, como aconteceu na semifinal da Copa do Brasil entre Flamengo e Botafogo. Só os 14 mil lugares interditados no sul (à direita) significaram queda de pelo menos R$ 1 milhão na arrecadação.

Mas e na final, entre os rubro-negros e o Cruzeiro, como será? "Ainda vamos conversar para tratar desse jogo em particular, mais minha sugestão é que a parte interna tenha o mesmo modelo", antecipou ao blog o Major Silvio Luiz, comandante do Gepe, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A posição da PM é surpreendente. Em clássicos com divisão 90% dos ingressos para o mandante e 10% destinados aos visitantes, o Flamengo, jogando no Maracanã, não pode abrir aos seus torcedores a entrada da sul. Mas ela normalmente é utilizada contra times de fora do Rio de Janeiro.

Isso limitada a capacidade de acesso ao nível 5, feito em uma das rampas monumentais. Dos 22 mil de capacidade do sul, 11 mil ficam no lado dos visitantes, que no rigor dos 10%, de cara significam de 5 mil a 6 mil assentos "mortos". Mas o cenário é pior com as determinações do Gepe, que na quarta-feira reduziu em 14 mil a capacidade do setor, onde os ingressos foram vendidos a R$ 150 (meia R$ 75). A PM alegou que, por ser clássico carioca e, consequentemente, com maior rivalidade, o mandante fica sem poder utilizar umas das entradas, isso impede a ocupação da maior parte do setor pelo time da casa, pois o acesso é feito pelo lado da rampa conhecida como a da estátua do jogador Belini.

Na decisão da Copa do Brasil 2013, entre Flamengo e Atlético Paranaense, a metade do sul à direita foi destinada aos torcedores visitantes. Isso gerou a interdição de muitos lugares, mas não como neste clássico entre flamenguistas e botafoguenses. Na oportunidade, foram disponibilizados 7.350 bilhetes para o Furacão. Uma saída para a decisão deste ano seria negociar reciprocidade com o Cruzeiro e oferecer de 10 mil a 11 mil lugares ao clube mineiro. Isso preencheria praticamente todo o espaço que se vê vazio na foto abaixo. Mais torcedores felizes por poderem estar presentes, mais dinheiro em caixa e nada daquela imagem vergonhosa, com gigantesco espaço inutilizado.

O blog procurou a assessoria de imprensa do Flamengo, mas o clube ainda não se manifesta a respeito do tema, já que oficialmente o cotejo decisivo com o Cruzeiro ainda não foi marcado para o Maracanã. O clube faz acordos pontuais para atuar no maior estádio do Rio de Janeiro. No entanto, é óbvio que a final lá será disputada. Cabe à direção lutar junto as autoridades para que mais rubro-negros possam ver a peleja decisiva, o que, naturalmente, deixaria mais pessoas satisfeitas, entre elas os sócios torcedores que contribuem mensalmente, como aumentaria o clima, fator campo, e o faturamento. Com a palavra, dirigentes rubro-negros e a PM do Rio.

Fonte: http://espn.uol.com.br/post/721408_pm-estuda-repetir-interdicao-de-14-mil-cadeiras-na-final-fla-x-cruzeiro





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