Jogo de posição com reservas é mais uma vitória de Domènec no Flamengo



O Grupo A da Libertadores se apresentou complicado para o Flamengo desde o sorteio. Porque tinha o Independiente Del Valle, campeão da Sul-Americana, e ainda uma logística complicada, inclusive com altitude. Depois dos 5 a 0 em Quito para a equipe de Miguel Ángel Ramírez e o surto de Covid, além da surpreendente vitória do Junior de Barranquilla sobre o próprio Del Valle na rodada seguinte, o cenário ficou aparentemente mais complicado.



Mas o time que emergiu de todas essas dificuldades consolidou não só a classificação antecipada como também a primeira colocação e com a terceira melhor campanha geral. Graças aos 4 a 0 sobre o Del Valle e, fechando a fase de grupos, os 3 a 1 sobre o Junior, ambas no Maracanã.

Com Domènec Torrent sendo forçado pelas circunstâncias a escalar um time praticamente reserva. Com Bruno Henrique, titular suspenso para o jogo contra o Internacional no domingo valendo a liderança do Brasileiro, e Vitinho, o provável substituto do "Rei da America" do ano passado, já que é bem possível que De Arrascaeta esteja apto a voltar ao time no Beira-Rio.



A equipe muito mexida, porém, não decepcionou. Pelo contrário, até surpreendeu pelo bom desempenho. Porque se o Junior parecia conformado com a vaga na Sul-Americana e foi um tanto passivo no jogo, essa formação nunca havia sido utilizada e sentia em alguns momentos uma natural falta de entrosamento.

Mas conseguiu executar as ideias do treinador catalão. Sim, o jogo de posição tão discutido, criticado e pouco compreendido. Mesmo sem tempo para treinar, está claro que com a sequência de jogos os atletas vão compreendendo os conceitos.

Como os laterais Matheuzinho e Renê trabalhando em vários momentos por dentro, dando suporte a Willian Arão e Diego no meio-campo. Sempre gerando linhas de passe para tabelas e triangulações e deixando a amplitude para Michael e Bruno Henrique nas pontas. Mas com liberdade de movimentação, muitas vezes alternando com Lincoln e Vitinho, novamente o "dublê" de Arrascaeta se mexendo e buscando espaços entre a defesa e o meio-campo do adversário.



Não importa se o adversário era fraco. A execução já seria complexa até em um treino, porque os jogadores precisam entender quando se mover e quando guardar posição. A resposta do trabalho coletivo foi bastante positiva.

Tão importante quanto os gols de Thuler, Lincoln e Bruno Henrique, além da bola na trave em belo chute de Vitinho no primeiro tempo que naturalmente foi mais intenso que o segundo, já em ritmo de treino e que teve um pequeno susto no gol de Téo Gutiérrez, em falha na recomposição, que foi lenta e desorganizada.



A essa altura os meninos João Gomes e Lázaro já estavam em campo para poupar Arão, que estava pendurado, e Vitinho. O gol de Bruno Henrique em bela cabeçada que acabou rendendo o prêmio de melhor em campo pela Conmebol, tornou a deixar o jogo tranquilo e ideal para os meninos ganharem minutos e se soltarem. Dome nem precisou recorrer a Isla, Gerson, Everton Ribeiro e Pedro, titulares que estavam no banco para uma eventual dificuldade na partida.

Os reservas corresponderam porque a maioria vem jogando nesse rodízio por convicção e/ou necessidade do treinador. E já assimilaram as ideias, que encontraram resistência no início até pelo "luto" da saída de Jorge Jesus, mas agora são executadas com mais naturalidade.

"Eles estão felizes em campo", disse Domènec na coletiva depois do jogo. O treinador também sorri, de alívio e já uma ponta de orgulho do trabalho que desenvolve, mesmo com todos os obstáculos.


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Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/andre-rocha/2020/10/22/jogo-de-posicao-com-reservas-e-mais-uma-vitoria-de-domenec-no-flamengo.htm

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