Com derrota da Globo e sucesso da FlaTV, Flamengo inicia guerra por independência esportiva



Por Wilson Pumentel | Esporte News Mundo: A transmissão de Flamengo e Boavista pela FlaTV foi um momento histórico no cenário do futebol brasileiro. O presidente Rodolfo Landim, inclusive, provou que o clube não necessita da TV Globo para sobreviver. Afinal, o dirigente entende que se abriu a possibilidade para melhorar a situação financeira dos clubes. Além, é claro, de ser uma nova opção para o público.


Isso não é bom, principalmente para a Globo, com a queda vertiginosa da tevê aberta para o futebol. Apenas o Flamengo deu audiência e retorno publicitário a emissora em 2019. Ou ela paga mais, muda o sistema de distribuição de cotas. Ou verá o clube crescer nas plataformas digitais, possibilidade que os executivos, por enquanto trabalham para frear.

O Flamengo tem total interesse em transmitir seus jogos no Campeonato Brasileiro. Afinal, Rodolfo Landim entende que chegou a hora de pôr um ponto final no monopólio das transmissões esportivas enquanto o clube não for remunerado de maneira justa. O departamento de marketing, inclusive, busca inspiração nos esportes americanos.


Por isso, a diretoria rubro-negra prevê uma arrecadação superior se conseguir comercializar as partidas para as plataformas digitais como Google, Facebook e Twitter. A Confederação Sul-Americana de Futebol, só para exemplificar, é pioneira em transmissão por streaming na América do Sul. Já exibe, inclusive, jogos da Copa Libertadores da América e Copa Sul-Americana nas redes sociais.

O Flamengo, nesse ínterim, já foi procurado por Record, Rede TV e SBT. Os valores, porém, foram muito abaixo do que o clube recebe atualmente da Globo. Além disso, as emissoras teriam de fazer alto investimento para contratar profissionais e cuidar de toda logística que envolve uma transmissão esportiva. Afinal, é muito dinheiro envolvido.


O Flamengo, nesse ínterim, já foi procurado por Record, Rede TV e SBT. Os valores, porém, foram muito abaixo do que o clube recebe atualmente da Globo. Além disso, as emissoras teriam de fazer alto investimento para contratar profissionais e cuidar de toda logística que envolve uma transmissão esportiva. Afinal, é muito dinheiro envolvido.

Desde o fim de do Clube dos 13, o monopólio da Globo nunca esteve tão ameaçado. À princípio, a emissora oferecia mais dinheiro e menos privilégio ao Flamengo. Afinal, valia tudo para evitar que o clube fechasse com a tevê do Bispo Edir Macedo. Por outro lado, o rubro-negro também fatura mais quando seus jogos são transmitidos em canais fechados como o Sportv e o Premiére.


O Flamengo, que tem o Presidente da República Jair Bolsonaro como grande aliado, é o maior rebelde do futebol brasileiro. Rodolfo Landim, inclusive, não está nenhum pouco preocupado com o contrato assinado por Eduardo Bandeira de Mello, seu antecessor no clube, até dezembro de 2024. Afinal,

O atual acordo prevê o pagamento de algo entro de R$ 170 milhões e R$ 200 milhões por ano, podendo ou não aumentar dependendo de fatores esportivos e mercadológicos. O contrato, inclusive, contempla transmissões em tevê aberta e fechada, pay per view, bônus de assinaturas e participação em acordos publicitários.

Além disso, o Flamengo quer autonomia para vender as placas publicitárias na beira do campo até 2024. O departamento de marketing calcula que a receita com os espaços deva chegar a R$ 8 milhões por mês. A estimativa é bem otimista. Do montante que pode ser arrecadado, é preciso descontar comissões pagas a agências que representam grandes empresas.


O Flamengo também quer aproveitar sua estrutura para oferecer novos conteúdos esportivos para o seu torcedor. À princípio, o objetivo é inserir a transmissão de mais eventos na FlaTV: futebol de base, futebol feminino, beach soccer, futsal, basquete, vôlei, remo e ginástica artística. A ideia, porém, ainda é embrionária e depende exclusivamente de patrocinadores.

O Flamengo foi procurado nos últimos dias por dirigentes de Athletico Paranaense, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, Santos e Vasco. Os clubes também desejam seguir o mesmo caminho do rival. É lógico que os executivos da Globo não estão de braços cruzados. Eles, inclusive, estão em contato com os outros clubes.

Executivos sabem que, a tendência é irreversível. Cada vez mais o futebol fará parte das redes sociais. E menos da tevê. Os “rebeldes” do Flamengo, antes de mais bada, seguirão até o fim com suas decisões. A Globo pode até aumentar a proposta. Mas as agências publicitárias ligadas à emissora garantem que não será surpresa se o clube tiver sucesso no mercado digital.

Há muita tensão no esporte da Globo. O monopólio está ameaçado. O grupo atravessa grave crise financeira. O faturamento caiu absurdamente. Além disso, perdeu o aporte do Governo Federal. A “Vênus Platinada” nunca esteve tão ameaçada de ficar sem seu carro-chefe. Afinal, o Flamengo não vai recuar enquanto não vencer esta guerra.


Fonte: https://esportenewsmundo.com.br/com-derrota-da-globo-e-sucesso-da-flatv-flamengo-inicia-guerra-por-independencia-esportiva/

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