Com apoio do Flamengo, projeto em segundo bairro com mais mortes por Covid-19 no Rio realiza teste em jovens



Com a expectativa de poder voltar aos treinos no início de agosto, Franklin Ferreira, criador da Ong e escolinha de futebol Craques da Vida, ganhou uma ajudinha do Flamengo. Trinta jogadores e cinco integrantes da comissão técnica do projeto, que fica na favela Vila Aliança, em Bangu, zona oeste do Rio, foram submetidos a testes rápidos de Covid-19, aplicados por um laboratório parceiro do clube, nesta semana.


Os jovens têm entre 15 e 17 anos de idade e foram divididos em três grupos que realizaram os testes, separadamente, em três dias (terça, quarta e quinta).

- Não é barato. Os testes são muitos caros. Essa deveria ter sido a primeira medida dos governos. Além de fazer hospital, as pessoas tinham que ser testadas. Eu me sinto privilegiado nesse momento tão difícil. Hoje, eles foram testados e deram negativo, mas daqui a uma semana podem dar positivo então vai muito da conscientização deles agora - afirmou o técnico.

Os testes foram obtidos por meio de um acordo do Flamengo com um laboratório, e o clube decidiu beneficiar a Ong Craques da Vida e também moradores da Cruzada São Sebastião, uma comunidade do Leblon, zona sul do Rio.


- Talvez esses testes fossem muito caros para eles fazerem, então de alguma forma a gente apoia o regresso deles às atividades. A gente espera com isso cooperar com a retomada deles, com protocolo de segurança. É um projeto extremamente importante - afirmou Camila Nascimento, gerente de Responsabilidade Social do Flamengo.

A ação ocorreu num momento em que Bangu passa por uma situação dramática por causa do coronavírus. Atualmente, o bairro é o segundo em número de óbitos por Covid-19, foram 377, e é quinto com mais casos confirmados, 1.796.

Áreas de Bangu, inclusive, foram apontadas pela prefeitura como lugares da cidade onde o protocolo de distanciamento costuma ser desrespeitado. Diante desse cenário, Franklin acredita que a testagem em massa de seus jogadores pode ajudar na conscientização de sua comunidade.


- Do meu ponto de vista existe uma falta de conscientização das pessoas, algumas não acreditam que existe. Vejo com muita tristeza. Cada dia que passa, surge um estudo diferente, com uma informação, ninguém sabe do que a doença é capaz.

Jovens aguardam deste — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo Divulgação
Jovens aguardam deste — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo Divulgação

De acordo com Franklin, foi constatado que quatro dos 35 testados já tiveram contato com coronavírus anteriormente e estão curados, pois o exame não detectou o vírus ativo, apenas anticorpos.

Entre eles está o próprio técnico, que conta ter apresentado sintomas em abril, quando deixou o trabalho de treinador para ajudar pessoas na comunidade, distribuindo cestas básicas e material de higiene.

- Essa intervenção foi fundamental para nos dar um norte sobre o que a gente pode fazer. A gente está tentando ver um modo de esperar para ver se vai baixar mais neste final de julho, para pensarmos em uma possível volta em agosto - avaliou.


Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/com-apoio-do-flamengo-projeto-em-segundo-bairro-com-mais-mortes-por-covid-19-no-rio-realiza-teste-em-jovens.ghtml

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