Paixão rubro-negra: a epopeia de torcedores do Flamengo para acompanhar a final da Libertadores



No Rio de Janeiro, antes mesmo da viagem do time rubro-negro para Lima, a repórter Sara Pavani acompanhou o jogo do Flamengo contra o Vasco, no dia 13 de novembro, com um empate por 4 a 4, no Maracanã.


Os ingressos custaram entre R$ 65 e R$ 950. No estádio e nas comunidades, a mesma reclamação: os ingressos poderiam ser mais baratos.

Esses torcedores que não podem pagar pelos ingressos tentam levar o clima do estádio para dentro das favelas cariocas. É o caso de David Santos, fundador da torcida PPG. No dia 20 de novembro, a repórter acompanhou a chegada do Flamengo ao aeroporto ao lado da torcida. Milhares de torcedores acompanharam o embarque do time.

David Santos, fundador da torcida PPG — Foto: Reprodução: TV Globo
David Santos, fundador da torcida PPG — Foto: Reprodução: TV Globo

“O Rio de Janeiro tá aqui hoje. Flamengo é isso. É favela”, afirma David Santos.


De avião ou de ônibus, torcedores do Flamengo dão um jeito de assistir a final em Lima

No dia 5 de novembro, quando a Conmebol anunciou a mudança da final da Libertadores do Chile para o Peru, torcedores que já estavam de passagem comprada e hotel reservado tiveram que mudar completamente o roteiro.

Por essa alteração, as passagens mais baratas saíam em torno dos R$ 5.000, de acordo com os torcedores que iam de avião.


“O ingresso foi fácil. A passagem aérea foi dificílima. Depois de seis dias de muita espera e luta, trocou as passagens sem nenhum custo”, conta um torcedor.

“Os cambistas agora são as companhias aéreas. Elas aumentaram o preço absurdamente depois que mudaram o jogo. A gente tem o ingresso, a gente tem as passagens, só que eles não fizeram um preço comercial pra gente. A gente tem ingresso do Chile, mas não tem passagem para ir para Lima”, diz o torcedor Felipe Chamusca.

O repórter Caco Barcellos acompanhou os torcedores que foram de ônibus para economizar e também viu de perto o drama de quem, com o ingresso comprado, não conseguiu uma caravana para ir até a final.


Por conta da crise política na Bolívia, com protestos violentos e bloqueios nas estradas, a equipe do Profissão Repórter e também os torcedores precisaram fazer um desvio: tendo que viajar pela Argentina e pelo Chile.

“Para mim é a viagem mais longa até o momento”, conta o empresário Rafael Rodrigues. “É o jogo mais importante. Eu nunca tinha saído do Brasil.”

Ana Carolina, que é estudante, é namorada de Rafael e o acompanhou na viagem. “Larguei a faculdade, prova, começava segunda-feira. Vou perder cinco provas.”


Mesmo com a mudança no trajeto, em um dos dias, os torcedores passaram quase sete horas parados por causa de bloqueios nas estradas do Chile por manifestantes. “Vão deixar a gente passar, vão deixar a gente passar”, afirma um dos torcedores do Flamengo.

Torcedor do Flamengo durante bloqueio de estrada no Chile por manifestantes — Foto: Reprodução: TV Globo
Torcedor do Flamengo durante bloqueio de estrada no Chile por manifestantes — Foto: Reprodução: TV Globo

Após conversar com os manifestantes, eles até se juntaram à euforia dos rubro-negros. No final, eles trocaram bandeiras e a torcida seguiu para Lima.


Lima pré e pós Flamengo

Dois dias antes do jogo, a repórter Danielle Zampollo já estava em Lima, no Peru, em busca da torcida do River. Encontrou um grupo de 16 pessoas que veio de Buenos Aires. Em uma viagem de cinco dias entre ônibus, a pé e caronas, eles saíram da Argentina, passaram por várias cidades do Chile até chegar em Lima, no Peru.

“Pelo River, tudo”, afirma um dos torcedores.

O grupo estava dormindo na rua. Eles se dividiram para conseguir carona mais fácil e se reencontraram no meio da torcida do River que lotou os bares de Miraflores.

Torcedor do River que veio com um grupo de 15 amigos de Buenos Aires — Foto: Reprodução: TV Globo
Torcedor do River que veio com um grupo de 15 amigos de Buenos Aires — Foto: Reprodução: TV Globo

Os argentinos provocavam os brasileiros dizendo que o River Plate tinha quatro títulos da Libertadores, enquanto o Flamengo apenas um.

No dia do jogo, Danielle acompanhou o grupo no estádio. No primeiro gol, a torcida do River foi à loucura, mas no final do segundo tempo, tudo muda quando o Flamengo faz dois gols em dois minutos.

Confira o programa completo clicando aqui.


Fonte: https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2019/11/28/paixao-rubro-negra-a-epopeia-de-torcedores-do-flamengo-para-acompanhar-a-final-da-libertadores.ghtml

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