Pedro: 'Jorge Jesus deixou um legado no Flamengo que ninguém vai apagar'



O casamento entre Pedro e o Flamengo teve Jorge Jesus como cupido. Ao identificar uma carência no elenco vitorioso de 2019, o português deu o aval para a chegada do atacante de 21 anos. Foram sete meses de gols, títulos conquistados e de um sonho de infância realizado. Mais do que suficiente para o centroavante não esconder a gratidão que sente pelo ex-treinador, que deixou o clube para acertar com o Benfica.


— O Mister deixou sua marca e legado aqui no Flamengo. Isso ninguém vai apagar. Lógico que a gente desejava a permanência, mas entendemos que são situações normais no futebol. Fica o agradecimento por tudo que fez enquanto esteve conosco e o desejo de boa sorte na nova caminhada. Nós vamos seguir em frente, fortes e ainda mais unidos — conta Pedro.

O centroavante retribuiu a confiança com seis gols em 13 jogos. Pedro balança as redes uma vez a cada 86 minutos, tendo a melhor média do elenco. Um deles, decisivo no primeiro jogo da final do Estadual, que rendeu o 36ª título ao Flamengo.


— Tenho trabalhado, me dedicado e evoluído muito. Isso me faz ter a certeza de ter feito a escolha certa vindo para o Flamengo. Sou consciente que o começo tem sido bom, mas também vejo margem para crescer ainda mais. A partir de agora teremos as principais competições em disputa e precisamos estar 100% técnica e fisicamente. Posso mais e vou trabalhar forte para isso — completou.

Pedro acredita que está mostrando que pode ser cada vez mais utilizado pelo. Tudo graças a Jorge Jesus, que o ajudou a evoluir como jogador como conversas e dicas.

— Jesus e o João de Deus sempre conversavam comigo sobre posicionamento, movimentações da equipe... Era constante para que eu pudesse me adaptar ao esquema. Era muito acostumado a jogar de costas para gol, fazendo o pivô, hoje já busco mais os lados para receber passes em diagonal. São movimentações que eu fazia pouco — completa.


Já dá para dizer que escolheu certo ao decidir retornar?

Com certeza. Pensava na possibilidade de atuar em alto nível e brigar para vencer toda competição. Estou muito feliz com tudo que tem acontecido. Não só as conquistas, como a evolução como atleta que tenho tido.

Recebeu muitas mensagens após o título carioca?

A galera falava “Pedro, o libertador”. Quando cheguei em casa, minha família explicou que o narrador criou o bordão. Foi engraçado, recebi várias mensagens e não sabia de onde tinha vindo.


Você e Gabigol brincam sobre você “será a sombra dele".

Muita gente falava que eu viria para ser a sombra dele. E, juntos, fizemos boas atuações. Acabou que, na maioria das vezes que joguei, foi ao lado dele. Aí surgiu a comemoração da sombra. Quem ganha com a concorrência e disputa é o Flamengo.

Uma das percepções nos Fla-Flus foi a extrema rivalidade. O que alterou tanto ânimos?

O Fla-Flu sempre será assim. Muita rivalidade e disputa. Existiram provocações dos dois lados e isso serviu para que a rivalidade ficasse mais aflorada em campo. Foram três grandes jogos, não perdemos nenhum, e conseguimos conquistar o título.

Uma das maiores provocações foi com o Rafinha...


Durante a semana nós rimos bastante com as brincadeiras e zoações. Por vezes não entendemos. O Rafinha é multicampeão na Europa. Mas faz parte. Nada mais justo do que, após a conquista, ele retribuir a brincadeira. Isso tudo é legal para o futebol.

Você tinha amizade com o elenco. Quem mais te ajudou na adaptação?

Sempre fui muito próximo do Everton Ribeiro, Diego e o Vitinho. Além do Juan. Mas todo o grupo me recebeu muito bem. Não só o grupo, mas também comissão técnica e diretoria. Acredito que para se sentir bem e confortável em um clube, o todo ao redor tem que estar funcionando bem.


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/pedro-jorge-jesus-deixou-um-legado-no-flamengo-que-ninguem-vai-apagar-24540117.html - Foto: RICARDO MORAES / Reuters

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