Flamengo discute relação com principal patrocinador e busca equilibrar finanças na pandemia



A pandemia ainda atravessa o Brasil de forma avassaladora, o time treina ainda sem previsão de retorno a jogos oficiais, mas a diretoria do Flamengo já aperta os cintos e busca soluções para possíveis consequências financeiras da crise. Por isso mantém conversas com o BS2 para chegar a um acordo satisfatório quanto ao fim do patrocínio master, ainda válido até o fim deste ano.


A informação foi dada primeiro pelo jornalista Gilmar Ferreira. Há possibilidades de um desfecho ainda nesta semana quanto ao acordo. O valor da rescisão revisto em contrato é de R$ 2 milhões.

O patrocínio foi firmado em abril de 2019, ainda em meio ao grande desgaste do clube devido à tragédia no Ninho do Urubu. Na cúpula da diretoria houve quem considerou o contrato "um milagre" à época. O sentimento de gratidão manteve a boa relação. O valor contabilizava R$ 11,2 milhões em 2019 e R$ 15 milhões neste ano.

No início de 2020, após o sucesso da última temporada, a diretoria rubro-negra encaminhou um acordo com a Amazon, gigante internacional, para ocupar o espaço nobre do uniforme. O BS2 foi informado e havia a possibilidade de ocupar a manga da camisa, mas a crise inesperada do coronavírus joga contra. Os lados buscam um entendimento cordial.


O clube não confirma nem mesmo as conversas com a Amazon, mas o negócio ainda está forte no radar rubro-negro. As cifras chegariam a quase R$ 40 milhões. Não há temor de que a pandemia mele as conversas. Ao contrário. Em abril, diante da explosão por entretenimento em casa, a Amazon teve enorme valorização e suas ações bateram recorde histórico, com o valor da empresa tendo galopado a 1,1 trilhão de dólares.

A empresa norte-americana estagnou as conversas para reorganizar os rumos internamente durante a crise, mas os contatos serão retomados. A diretoria busca alternativas mais fortes no mercado para trazer a balança financeira ao seu favor diante da crise. Seria uma maneira de compensar receitas basicamente perdidas, como a de bilheteria diante dos prováveis jogos de portões fechados por meses.


O orçamento de 2020 tinha previsão de R$ 108 milhões de arrecadação nas partidas na temporada. Até a paralisação havia chegado a 21% do total. Restariam R$ 83 milhões a abocanhar, mas o orçamento será readequado.

Nesta pandemia, o Flamengo já perdeu o patrocínio do Azeite Royal, que estampava sua marca no calção do clube por R$ 3 milhões até o fim do ano. A empresa encerrou seu vínculo com todos os clubes de futebol e o Flamengo cobra R$ 1,2 milhão na Justiça devido à rescisão unilateral.


Em acordo de patrocínios vigentes o clube ainda tem, além da BS2, a MRV na parte de trás superior da camisa, ao custo de R$ 20 milhões por dois anos, com vínculo até o fim deste ano; a petrolífera Total, na barra inferior da parte de trás da camisa, com acordo de R$ 12 milhões por dois anos, vínculo válido até o fim de 2021; a Sportsbet.io, outra empresa a acertar com o Flamengo para expor sua marca na omoplata - os espaços abaixo dos ombros - do uniforme, com valor de R$ 14 milhões, por dois anos de contrato até o fim de 2021.

Por fim, há o patrocínio para o meião do uniforme, com a Orthopride, por R$ 2,9 milhões até dezembro de 2020.

Procurado pela ESPN , o BS2 informou que "não está se pronunciando sobre o assunto".


Fonte: https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/6987025/flamengo-discute-relacao-principal-patrocinador-busca-equilibrar-financas-pandemia

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