Everton Ribeiro fala sobre surpreendente recuperação e revela que não acreditava que teria condições de jogo



Susto, apreensão, pessimismo, otimismo, alívio e explosão... Todos esses sentimentos fizeram parte do cotidiano de Éverton Ribeiro nos últimos de dias. Desde a lesão na véspera do jogo contra o Corinthians, do corte da viagem para o Equador, do dia a dia sacrificante com fisioterapeutas e médicos no Ninho do Urubu e da celebração, em campo, da vitória sobre o Emelec com direito a vaga nas quartas e final da Libertadores.



Éverton sofreu uma lesão óssea no pé esquerdo, foi encaminhado para o departamento médico na véspera da partida contra o Corinthians e teve apenas 11 dias de recuperação. Principal garçom da temporada e um dos protagonistas do Flamengo, já seria um desfalque considerável.

As lesões de Diego, Vitinho e Arrascaeta deixaram o cenário ainda mais preocupante. Por isso foi necessário tratamento intensivo de 12 horas por dia, muita medicação e fisioterapia. Mesmo assim, sua presença contra o Emelec era improvável.

- Naquele momento eu achava difícil, doía até para andar, com um edema ósseo. Para chutar não doía, mas andar era difícil. Imagina correr! Tratamos diariamente, foi aliviando a dor – contou Éverton.

Um dia após a classificação, o camisa 7 recebeu a reportagem do Globo Esporte em sua casa. Antes de se deliciar com um churrasco na merecida folga, ao lado da esposa Marília, do filho Guto, de 1 ano e dois meses, e do cachorro Brad, ele relatou como foram os últimos dias, projetou os próximos passos do Flamengo e destacou a importância da família e dos médicos para sua surpreendente recuperação. A seguir, veja algumas p da entrevista.

Everton Ribeiro durante a partida do Flamengo contra o Emelec — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
Everton Ribeiro durante a partida do Flamengo contra o Emelec — Foto: Alexandre Vidal/Flamengo



Você voltou antes do previsto, como foi o processo de recuperação da fratura?

Fui muito bem orientado pelo Dr. Márcio Tannure e pela equipe médica do Flamengo. Tivemos que acelerar a recuperação pela necessidade do jogo, pela importância. Mas nada que me prejudicasse. Tinha segurança nisso, que não aumentaria a lesão. Graças a Deus pude jogar e ajudar a equipe. A classificação foi o mais importante.

Trabalhei em período integral, de manhã e à tarde, com fisioterapeutas e médico para acelerar e estar à disposição. A meta não era voltar no dia do jogo. Tinha que voltar antes para treinar. Deu muito certo. Conseguimos fazer esse trabalho conjunto.



Após a derrota para o Emelec, há uma semana, em Guayaquil, havia um pessimismo muito grande quanto a seu aproveitamento. Naquele momento você pensou que teria condições de jogar?

Não, naquele momento eu achava difícil, doía até para andar, com um edema ósseo. Para chutar não doía, mas andar era difícil, imagina correr. Tratamos diariamente, foi aliviando a dor. Voltei ainda com um pouco de dor, mas a gente vai se acostumando, superando e graças a Deus pude jogar e ajudar.

Falando do jogo, qual foi a importância da torcida na classificação do Flamengo? Teve apoio desde a saída da concentração, no Ninho do Urubu.



Foi diferente. Saímos do CT, a torcida com bandeiras, com fogos, incentivando desde o início. A chega ao Maracanã também foi muito marcante. Dentro do estádio teve mosaico, incentivo, cantoria. A vitória foi para eles.

Deu um gás a mais? Os primeiros 45 minutos foram muito intensos.

A gente sabia que tinha que ser intenso no primeiro tempo, para o Emelec sentir a nossa torcida, o nosso empenho. Foi muito marcante. No segundo tempo o Emelec melhorou, conseguiu mais espaço e dificultou. O importante foi a classificação e vamos fortes para o resto da temporada.

Torcida do Flamengo no Maracanã — Foto: Alexandre Vidal e Marcelo Cortes / Flamengo
Torcida do Flamengo no Maracanã — Foto: Alexandre Vidal e Marcelo Cortes / Flamengo

Falando sobre o resto da temporada, vem aí o Inter na quartas da Libertadores.

Clássico brasileiro sempre é difícil. Sabemos da força do Inter, eles estão muito bem. Mas nós também estamos confiantes em fazer grandes jogos. Não vai ser fácil, mas vamos buscar essa vaga até o fim.

Como vai ser reencontrar o Guerrero, um cara que até outro dia estava no Flamengo e vocês conhecem muito bem? Mantém contato com ele?

Acabamos perdendo o contato, agora que ele está longe. Mas é um cara que admiro, uma grande pessoa e um grande jogador. É decisivo e precisamos ter muito cuidado. Não só com ele, mas com todo time do Inter, que está muito bem.


Éverton Ribeiro, Baby Guto e o cachorro Brad na casa do jogador — Foto: Marcelo Baltar
Éverton Ribeiro, Baby Guto e o cachorro Brad na casa do jogador — Foto: Marcelo Baltar



Você ainda sente dores no pé. Dá para jogar contra o Bahia, domingo, em Salvador?

Vou ver com o departamento médico, mas acordei bem e estarei à disposição. É muito difícil não sentir dor. Mas quando a dor não traz limitação, a gente joga.

O que tem achado desse início de trabalho do Jorge Jesus?

Ele adota um modelo de jogo agressivo, procuramos sempre o gol. Estamos tentando nos adaptar o mais rapidamente o possível, já ganhamos em vários pontos, estamos crescendo. Ele também está conhecendo melhor nossas características. O Flamengo tem muito a ganhar.

Guto, de 1 ano e dois meses, acompanha a entrevista do pai — Foto: Ivan Raupp
Guto, de 1 ano e dois meses, acompanha a entrevista do pai — Foto: Ivan Raupp


Fonte: https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/everton-relata-pessimismo-e-apreensao-pre-emelec-e-vibra-com-final-feliz-doia-ate-para-andar.ghtml

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