Sem data: Flamengo terá que reviver burocracia para regularizar CT



Dezenove dias depois da tragédia que matou dez jovens da base do Flamengo, a Prefeitura do Rio, pressionada pelo Ministério Público, interditou o Centro de Treinamento Ninho do Urubu. Para voltar a utilizar a estrutura, o clube vai precisar reviver a burocracia dos últimos anos para regularizar a situação junto ao Corpo de Bombeiros, a fim de obter os laudos necessários e tirar o alvará junto à Secretaria de Urbanismo. Enquanto isso, a equipe treinará na Gávea.


O processo de regularização do CT, que tinha pedido de interdição da Prefeitura desde outubro de 2017, já estava em andamento desde que houve uma nova vistoria das autoridades, dez dias depois do incêndio no alojamento da base. No entanto, apenas ontem a diretoria rubro-negra apresentou um novo projeto de prevenção contra incêndio e pânico, e também deu baixa na notificação dos Bombeiros, afirmando que cumpriu com as últimas exigências.

Para a regularização sair do papel, porém, é necessária a marcação de nova vistoria para receber o Laudo de Exigências (LE) e o Certificado de Aprovação (CA). Embora tenha pressionado o órgão em visita ontem ao quartel da região, o Flamengo foi informado de que não há datas para vistoria nos próximos dias. Os Bombeiros esclareceram ainda que a baixa da notificação emitida anteriormente “não muda em nada o cenário do processo de regularização”.


O Flamengo vai ter que seguir os ritos burocráticos, mesmo que já tenha demolido a área provisória do CT onde aconteceu a tragédia. Com as exigências atendidas, e aprovadas em nova vistoria dos Bombeiros, o clube terá um prazo para receber a documentação, e dar andamento à regularização junto à Prefeitura. As adequações estão a cargo do setor de engenharia e arquitetura do clube. Caso não atenda às pendências em nova visita, o Flamengo corre o risco de arrastar o processo de regularização, como aconteceu antes do incêndio, ano passado.

Hoje, o Flamengo apresenta à Justiça a defesa para evitar o bloqueio de R$ 57 milhões pedido pelo Ministério Público, que também havia solicitado a interdição via poder judiciário, mas conseguiu através de pressão política sobre o prefeito Marcelo Crivella.


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/sem-data-flamengo-tera-que-reviver-burocracia-para-regularizar-ct-23487135.html

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